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09/04/2019 às 17:41, atualizado em 12/07/2019 às 16:19
Força-tarefa entre órgãos do Distrito Federal vai reformar banheiros, fortalecer segurança e devolver a dignidade a um dos maiores parques urbanos do mundo
No coração da capital do país, o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek começa a receber os esforços do SOS DF. A integração entre os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) em uma força-tarefa pretende devolver a dignidade àquele que está entre os maiores parques urbanos do planeta. Os milhares de frequentadores agora terão banheiros reformados, iluminação revitalizada e reforço no policiamento diário. Para garantir o bom uso, uma ocupação irregular persistente foi extinta.
As necessidades foram apresentadas em um relatório elaborado pela Administração do Parque da Cidade. De acordo com o titular do setor, Alexandro Ribeiro, estão previstas poda de árvores e arbustos, roçagem de grama, recuperação de bebedouros, pintura dos parquinhos para as crianças e retirada de lixo. Para resolver problemas de iluminação, postes com defeitos também passarão por reparos e lâmpadas queimadas serão substituídas.
[Olho texto=”Com recuperação e preservação, vamos resgatar o Parque da Cidade e cuidar do pulmão de Brasília, do nosso patrimônio” assinatura=”Paco Britto, vice-governador do DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Além disso, todos os 16 banheiros do parque, com azulejos de Athos Bulcão, serão reformados. Até mesmo a pressão da água será ajustada, por meio da instalação de válvulas de regulagem. Isso deve sanar o problema de vazamentos que aconteciam especialmente na parte da noite.
Presente à solenidade que marcou, nesta terça-feira (9), o início da força-tarefa, o vice-governador do DF, destacou: “Precisamos revitalizar o parque para que todos possam usar plenamente [o espaço]. Isso aqui, antes de tudo, é um centro de convivência. É o verde, a natureza, o que temos de melhor na cidade. Com recuperação e preservação, vamos resgatar o Parque da Cidade e cuidar do pulmão de Brasília, do nosso patrimônio”. O vice-governador ressaltou ser importante que a sociedade se sinta bem para que possa viver e cuidar do espaço.
Além da Administração do Parque da Cidade, fazem parte da força-tarefa a Casa Civil, o Conselho Permanente de Políticas Públicas e Gestão Governamental, a Companhia de Desenvolvimento da Nova Capital (Novacap), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), o DF Legal, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia de Águas e Saneamento Ambiental (Caesb). “Todos trabalham em prol do governo, que trabalha pela sociedade”, valorizou Paco Britto.
Projeto Parque Seguro
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desenvolveu o projeto Parque Seguro para promover a melhoria da segurança na área com uma plataforma de observação elevada e um comando móvel. Agora, além do tradicional policiamento, que conta com cavalaria, radiopatrulha e viaturas fixas, o território será monitorado por uma plataforma tecnológica que permite conexão das câmeras de segurança internas e externas do parque, com alcance de até três quilômetros.
“É um local turístico e que sofre com algumas questões de segurança pública”, explica o major Olavo, do 1º Batalhão da Polícia Militar. “Mudamos as modalidades de policiamento com uso de tecnologia para aperfeiçoar o trabalho. ” A previsão é que, no futuro, a corporação tenha uma sala cedida para trabalho.
Ocupação irregular
O GDF conseguiu extinguir uma ocupação irregular de catadores de recicláveis que permanecia há mais de três anos na região da 913 Sul. Gerente de prevenção criminal da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP), a major Kelly Cezário conta que o grupo já havia sido retirado em 2013, mas retornou ao local.
“Alguns já recebiam benefícios da Seds [Secretaria de Desenvolvimento Social], outros tinham residência em Goiás, mas era lucrativo ficar ali por conta da catação”, relata a major, lembrando que o grupo aglomerava sujeira, lixo, animais mortos e, além disso, permitia que o local fosse usado como esconderijo de furtos e roubos. “[Eles também] prejudicavam uma bacia de contenção de águas pluviais que recebia a chuva da Asa Sul e Sudoeste”.
Para a gerente de prevenção criminal, os trabalhos de remoção se revelaram bem-sucedidos. “Foi um belo trabalho de integração e cooperação”, elogiou. “Reunimos os órgãos e cada um indicou como poderia contribuir. Na primeira fase, teve abordagem social e o Conselho Tutelar fez atendimento das crianças. Tudo foi preparado para que eles não fossem pegos de surpresa. Depois partimos para a derrubada dos barracos”. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) fez a condução dos cavalos utilizados pelos carroceiros e o espaço foi cercado pela Terracap, para evitar novas aglomerações.
[Numeralha titulo_grande=”80 mil” texto=”Média de público registrada no Parque da Cidade durante eventos especiais” esquerda_direita_centro=”direita”]
Pulmão verde
Projetado por Oscar Niemeyer, Burle Marx e Lucio Costa, o Parque da Cidade foi fundado em 1978. São cerca de 4,2 milhões de metros quadrados, o que faz do local, além de um autêntico “pulmão verde” de Brasília, um dos maiores parques urbanos do planeta. Em seu território, há restaurantes, kartódromo, ciclovia, bosques, anfiteatro e centro hípico.
São 13 estacionamentos e dez quilômetros de vias para pedestres e ciclos – skate, patins e patinete. De segunda a sexta-feira, cerca de 14 mil pessoas passam por ali, chegando a 37 mil nos fins de semana. Esse número aumenta consideravelmente durante eventos especiais, chegando a um público de 80 mil cidadãos.