22/04/2019 às 11:53, atualizado em 12/07/2019 às 16:11

Programa Fábrica Social muda a vida de muita gente no DF

Meta é impulsionar a geração de emprego, trabalho e renda para as pessoas em vulnerabilidade social

Por Emanuelle Coelho, da Agência Brasília

 

Luciane de Jesus Oliveira fez o curso e hoje é monitora do projeto: “Estou muito feliz por ter conseguido essa chance” /Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Luciane de Jesus Oliveira, 29 anos, moradora da Estrutural, nunca teve a carteira assinada. Sempre trabalhou como autônoma em quiosques e restaurantes da região. Sua vida mudou depois que ela fez cursos de costura no Centro de Capacitação Profissional – Programa Fábrica Social.

Atualmente monitora do projeto, Luciane foi contratada pelo GDF e, agora, tem uma renda fixa mensal. O curso, concluído em fevereiro de 2017, durou dois anos. Nesse período, ela aprendeu a costurar malharia, a fazer costuras retas e a fabricar bonés, bolsas e outros acessórios.

“Sempre me interessei pela área de costura”, conta. “Já havia feito um curso básico e, quando tive essa oportunidade, agarrei-a com os pés e as mãos, e aprendi muito aqui.” Mãe de dois filhos, uma menina de oito anos e um menino de oito meses, ela descobriu que a costura é um mercado no qual vale a pena investir.

O esforço e a boa vontade foram a chave para o sucesso de Luciane, reforçado pelo apoio da família. O marido dela, também autônomo, trabalha como montador de móveis e sempre a incentivou a investir na carreira. “Economizamos durante muito tempo para comprar uma máquina de costura para mim”, conta a costureira. “Antes de ser contratada, fazia bolsas e nécessaire para vender. Estou muito feliz por ter conseguido essa chance. Só tenho a agradecer à Fábrica Social por tudo que estou conseguindo na minha vida.”

Geração de renda

O subsecretário de Integração de Ações Sociais da Secretaria de Trabalho, Gerson Vicente de Paula Júnior, pontua que o programa tem a responsabilidade de impulsionar a geração de emprego, trabalho e renda para as pessoas em vulnerabilidade social.  Ele explica que, conforme o desempenho no processo formativo e na produção, o aluno recebe uma bolsa de R$ 426, já incluídos os auxílios alimentação e transporte.

Para o próximo processo seletivo, o programa terá uma novidade.  Os alunos com melhor desempenho vão passar por uma etapa de inspeção – uma espécie de estágio – nas empresas de vestuário. “Assim vão aprender não somente a fazer a alta-costura, como também a rotina das empresas do ramo”, especifica o subsecretário. “Nossa intenção é aproximar o aluno do empresário, facilitando possíveis contratações.”

Processo seletivo

[Olho texto=”Período de matrículas nos cursos do Programa Fábrica Social abre nesta terça (23) e vai até 9 de maio” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

 

Serão oferecidas 1,2 mil vagas e formação de cadastro reserva para os cursos de confecção de vestuário, acessórios e materiais esportivos, sistemas fotovoltaicos (painéis solares), jardinagem e cultivo de alimentos, marcenaria sustentável e construção civil.

[Numeralha titulo_grande=”1,2 mil” texto=”Número de vagas oferecidas pelo Centro de Capacitação Profissional – Programa Fábrica Social” esquerda_direita_centro=”direita”]

Para participar, além de possuir informações atualizadas no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), é preciso residir no Distrito Federal, ter renda familiar per capita de até R$ 178, possuir idade mínima de 16 anos (completados até 27/5/2019) e não ter participado de nenhum processo de capacitação e qualificação do Centro de Capacitação Profissional – Programa Fábrica Social.

A distribuição das vagas ocorrerá da seguinte forma: 85% para cadastro geral; 5% para pessoas com deficiência; 5% para idosos (idade igual ou superior a 60 anos, completados até 27/5/2019) e 5% para adolescentes em conflito com a lei (a partir de 14 anos completos e 18 anos incompletos, ambos até 27/5/2019) que já cumpriram medida socioeducativa ou que a estejam cumprindo, em regime semiaberto ou aberto.

Matrículas

O sorteio dos candidatos acontecerá no dia 13 de maio deste ano, meio de sistema informatizado. A lista contendo a relação dos sorteados será publicada no site da Secretaria de Trabalho (www.trabalho.df.gov.br) até 21 de maio. Após essa data, os candidatos deverão agendar a matrícula pela Central Codeplan – de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h; e das 8h às 18h, aos sábados e domingos –, no período de 22 a 28 de maio deste ano.

Presencialmente, as matrículas poderão ser feitas a partir de 27 de maio, de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h e das 14h30 às 16h30, mediante apresentação dos seguintes documentos originais: a) Número de Identificação Social e Cadastro Único Atualizado (NIS); b) CPF (do candidato sorteado); c) RG; d) Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); e) Comprovante de residência atualizado; f) Comprovante de escolaridade. O início das aulas está previsto para 10 de junho deste ano.

Confira aqui o edital do Diário Oficial do DF sobre a abertura das vagas do Programa Fábrica Social.