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07/05/2019 às 11:09, atualizado em 08/05/2019 às 11:03
Papiloscopistas da Polícia Civil identificam frequentadores do local. População aprova medidas do Governo e começa a sentir mudanças na Rodoviária
Um ônibus do Instituto de Identificação da Polícia Civil estacionou logo cedo, nesta terça-feira (7) em frente ao Conjunto Nacional para reforçar a atuação da Segurança Pública durante as ações do SOS DF na área central de Brasília. As atividades de combate à criminalidade e ao comércio informal continuam por todo o dia e mais de 70 policiais militares e civis estão atuando no local.
“Ficaremos na Rodoviária do Plano Piloto, de 7h às 21h, ajudando a identificar as pessoas, que estiverem sem documentos. Assim, principalmente, no caso de a gente encontrar contraventores, os flagrantes serão feitos com maior rapidez e segurança”, disse o papiloscopista Luiz Campos.
Comandante das operações, o major Olavo de Mendonça, da Polícia Militar, explica que a área é muito sensível a crimes de furtos, roubos e principalmente, tráfico de drogas. “Aqui transitam aproximadamente um milhão de pessoas por dia e essa concentração facilita as ações dos criminosos. Só nos primeiros meses deste ano, foram detidos mais de 80 traficantes e 39 foragidos”, contou.
De acordo com ele, com o SOS DF e o consequente reforço no efetivo do policiamento ostensivo esses números possam aumentar ainda mais. “Estamos trabalhando aqui para dar segurança às ações dos fiscais do DF Legal e da Receita, mas também continuaremos trabalhando no combate à criminalidade para garantir tranquilidade para o cidadão de bem”, garante.
População satisfeita
A dona de casa Silvânia Montalvão tem costume de levar o filho Gabriel, 6 anos, para consulta médica no Conjunto Nacional. Nesta terça, ela ficou bastante surpresa com a ação no centro da cidade. “Está tudo mais tranquilo. Sem os camelôs, a gente transita melhor e se sente mais segura. Aqui é sempre muito cheio. Dá uma sensação de perigo constante. Hoje está bem melhor”, afirmou.
Trabalhadora do comércio e usuária de transporte público, Patrícia Batista também aprovou as medidas do SOS DF. “Nem se compara. Tá bom demais assim. Quando eles estão por aí atrapalham as filas dos ônibus, ficam no meio do caminho das pessoas e, se a gente precisa ir ao banheiro, é uma dificuldade. Todo mundo reclama”, falou.
Segundo a comerciária, o reflexo da atividade dos ambulantes nos estabelecimentos comerciais é o que há de pior. “Como que concorre com quem não paga luz, impostos, funcionários? Eles acabam é tirando o emprego da gente”, concluiu.
Quem já tem certa dificuldade para se locomover, como é o caso do trabalhador Genivaldo Hipólito, a retirada dos ambulantes foi algo imprescindível. “Eu já nasci com paralisia na perna e braço direitos. Para mim é difícil demais circular por aqui, quando tem aquele mundo de mercadorias no chão”, lamenta.
Genivaldo foi procurar os serviços de identificação no Na Hora da estação do Metrô e ficou feliz de o trajeto ser mais tranquilo. “Vim de Planaltina de ônibus. Desci na outra plataforma e pude vir bem tranquilo sem esbarrar em ninguém. Para nós, que somos deficientes, é mais tranquilo, é muito bom”, afirmou.