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08/06/2019 às 12:20, atualizado em 08/06/2019 às 13:10
São mais de 20 espalhadas pela região administrativa. Intervenções inéditas vão melhorar qualidade de vida de moradores
Construída sobre um terreno de colônia agrícola, arenoso, sem sistema de drenagem pluvial e em meio a diversas minas d’água. Assim nasceu e cresceu Vicente Pires, região administrativa de Brasília que no governo Ibaneis Rocha amadurece em meio a obras inéditas de infraestrutura. Para conter as águas das chuvas que caem sem escoamento sobre a cidade e chegam com força aos córregos da região, então sendo construídas diversas lagoas de contenção. Ao todo, serão 22.
A maior delas fica na Rua 4. Com 11,5 mil metros quadrados de extensão, profundidade de 3,5 metros e capacidade de armazenamento de até 33 milhões de metros cúbicos, a obra segue em ritmo acelerado neste período de estiagem e tem expectativa de conclusão até 31 de julho. “Estamos executando um projeto para dar mais escoamento à água das chuvas que antes não tinham acolhimento nem direcionamento. Isso dará muito mais segurança aos moradores”, explica Haroldo Alexandre Miziara, engenheiro responsável pela construção.
A bacia vai captar dois terços das águas das chuvas que descem pela Rua 4 e por metade da Rua 6. Ao todo, são mais de 2,4 quilômetros de galerias subterrâneas pelas quais a água captada pelas bocas de lobo escoará até chegar à bacia. Dali, toda a água captada das ruas deságua nos córregos.
Dissipadores
Como o terreno de Vicente Pintes tem um declive de 120 metros desde Taguatinga até a região do Jóquei, a força da água em dias de chuva é muito forte. Para reduzir essa velocidade, e impedir o assoreamento dos córregos para onde a água da chuva é direcionada, foram construídos dissipadores, espécies de grandes placas de pedras em caixas de tela de arame por onde a água entra e mantém o fluxo de escoamento. Se chega com força e cai direto na natureza, causam erosão e consequente assoreamento.
Só na construção da lagoa de contenção da Rua 4 estão envolvidos 60 operários. O custo previsto para essa parte da obra é de cerca de R$ 6 milhões. É uma das mais trabalhosas a serem construídas por estar em um terreno em uma área de tufa – um tipo de solo encontrado geralmente em áreas pantanosas, com terra mais escura e pastosa. Com o excesso de água no solo, uma espécie de microgrelha junto a uma tela geotêxtil precisa ser instalada para que as pedras do gabião possam ser montadas. O gabião é um muro de arrimo, feito de pedras soltas envoltas a uma tela de arame. Todo o trabalho de montagem é manual.