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20/06/2019 às 14:51, atualizado em 12/07/2019 às 15:32
Parceria entre GDF e escola particular de Taguatinga promoveu encontro sobre inclusão social e solidariedade tecnológica
A tecnologia como forma de inclusão social e incentivadora de ações solidárias foi o tema trabalhado ao longo de toda a manhã desta quinta-feira (20) por alunos e professores de uma escola privada de Taguatinga. Eles desenvolveram suas atividades no Palco Makerspace, espaço disponibilizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF (Secti/DF) na Campus Party, evento tecnológico de grandes dimensões que movimenta o ginásio Mané Garrincha até domingo (23), conectando ideias e projetos inovação no Distrito Federal.
O grupo apresentou um projeto de programa desenvolvido pelos alunos da instituição para auxiliar pessoas com deficiência visual a ter acesso à tecnologia. Lúdica, interativa e sensorial, a brincadeira educativa estimulava participantes, de olhos vedados, a explorarem suas percepções táteis e auditivas a partir de atividades envolvendo animais, formas geométricas, números e letras do alfabeto. A iniciativa nasceu de uma parceria entre o GDF e a escola privada.
“O convite partiu do GDF, e a condição era que a gente desenvolvesse um projeto que trouxesse algum ganho para a sociedade”, explicou a diretora da escola Casa de Brinquedos, Ana Elisa Dumont. “Fizemos uma pesquisa junto ao Governo do DF e percebemos que não existia nenhum aplicativo disponível para auxiliar na aprendizagem de deficientes visuais. Fizemos o desafio aos nossos alunos e aqui estamos.”
Acessibilidade
Aluno do terceiro ano do ensino fundamental, Lorenzo Guandalini, 8 anos, gostou da experiência. “Ah, foi bem legal. A gente tinha que descobrir, de olhos fechados, quais animais eram pela forma que eles tinham e pelo som que faziam”, detalhou o estudante, marinheiro de primeira viagem da Campus Party. “Nunca tinha vindo, estou gostando bastante. Adoro games, então acho que estou no lugar certo”, comentou, com os olhos brilhando.
No mesmo espaço, os visitantes tiveram oportunidade de conhecer o funcionamento, em tempo real, de engenhocas modernas, como máquinas de corte a laser e impressoras 3D, além de brincar com espertos minirrobôs. “Tudo aqui é muito criativo, a gente aprende muita coisa só de olhar”, observou João Melo, 7 anos, aluno do segundo ano da Escola Parque 313/314 Sul.
[Olho texto=”A ideia é não apenas ter um mundo melhor para os nossos filhos, mas um filho melhor no mundo, mais humano e participativo” assinatura=”Rodrigo Guandalini, visitante do evento” esquerda_direita_centro=”direita”]
Ana Elisa Dumont disse que está sendo gratificante participar da Campus Party por meio de uma parceria com o GDF, numa ação educativa e social, sobretudo por intensificar, entre os seus alunos e os participantes que passaram pelo local, o espírito de solidariedade. “O mais interessante foi o compromisso das crianças de querer estar aqui e auxiliar outras por meio da acessibilidade à tecnologia, despertar nelas a vontade de ajudar o próximo”, avaliou. “A ideia é não apenas ter um mundo melhor para os nossos filhos, mas um filho melhor no mundo, mais humano e participativo”, endossou o pai do pequeno Lorenzo, Rodrigo Guandalini, que fez questão de levar toda a família ao evento.