15/07/2019 às 21:03, atualizado em 17/07/2019 às 13:09

Primeira-dama prestigia moda sem preconceito no Mané Garrincha

Mayara Noronha participa como madrinha de ação social do Hair Brasília and Beauty, evento de moda que mira a inclusão de pessoas em situações especiais

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília

Mayara Noronha se emocionou com os desfiles de 15 modelos especiais | Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília

 

“O essencial é invisível aos olhos, só se pode ver com o coração.” A frase do autor do clássico infantil O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry, capta no íntimo a proposta da ação social “Fashion Inclusivo”, há seis anos realizada como atração paralela na 10ª edição do Hair Brasília and Beauty – uma mostra de que a beleza nem sempre está no físico e visível, mas em pequenos gestos humanos que tocam o nosso âmago.

Maior evento de beleza regional, o encontro estará em curso até esta terça-feira (16), no Estádio Nacional Mané Garrincha. Madrinha da iniciativa inclusiva, a primeira-dama do DF, Mayara Noronha, esteve no local na tarde desta segunda-feira (15) e se emocionou com os desfiles de 15 modelos especiais, mostrando que o que está fora de moda mesmo é o preconceito.

“Por mais que seja um evento comercial, ele também tem esse lado social e a gente sabe que esse mundo da beleza eleva a autoestima. A nossa missão na terra é cumprir o papel de ajudar ao próximo, ajudar a quem precisa, ninguém veio para viver sozinho e a porta do meu gabinete estará sempre aberto para iniciativas como essas”, enfatizou Mayara Noronha.

Milena, 10 anos, desfilou sua graça infantil e encantou a todos no Mané Garrincha | Fotos: Vinícius de Melo / Agência Brasília

 

Participaram também do encontro os secretários do Trabalho, João Pedro Ferraz, e do Desenvolvimento Econômico e Social, Ruy Coutinho. Para Érika Lobo, idealizadora e diretora do Hair Brasília and Beauty, o desfile com modelos de portadores especiais tem como objetivo integrar todos na sociedade, enchendo o coração dos organizadores, modelos e público de alegria e emoção.

“A ideia é mostrar a inclusão na sociedade, que há lugar para todos”, defendeu a empreendedora.

Presidente da Associação Fashion Inclusivo, Valquíria Coimbra fala com o orgulho do projeto que ajudou a criar. “Temos a preocupação de olhar o próximo, de trabalhar a inclusão como um gesto de grandeza e humanidade”, diz. “Lá atendemos todos os tipos de portadores de deficiência. É um projeto que agrega muito amor”, garante.

Autoestima

Criado há dez anos, a partir de um modesto desfile no Shopping de Sobradinho, o Fashion Inclusivo, como o próprio nome sugere, visa a inserção por meio da moda. A missão máxima da associação, que conta hoje com 70 membros, entre crianças e jovens, é o de resgatar a autoestima das pessoas que fazem parte do projeto, preparando-os contra o preconceito e integrando-os na sociedade.

Mãe da pequena Milena, 10 anos, deficiente de um dos braços, Andressa Struck conta que iniciativas como essa têm ajudado a preparar a filha para a sociedade. Vencedora de dois prêmios importantes no segmento – o de Miss Brasília e, recentemente, em Curitiba, o de Miss Brasil –, a pequena modelo está se acostumando a desfilar nas passarelas da moda e da vida.

Missão primordial da associação, que conta hoje com 70 membros, é o de resgatar a autoestima das pessoas, protegend0-as do contra o preconceito e integrando-os na sociedade | Foto: Vinícius de Melo / Agência Brasília

 

“Participar de eventos como estes é mais importante do que os títulos de beleza que conquistamos, ainda mais para uma menina como ela que está numa fase de transição, já entrando na pré-adolescência e tendo que aprender a lidar com sua deficiência em sociedade”, observou Andressa. “É uma ação inclusiva que mexe muito com a autoestima dela”, revelou.

Após o desfile, a primeira-dama participou de concorrida sessão de fotos com modelos, fazendo questão de fazer registros com todos e demostrando afeto. Grande entusiasta de iniciativas sociais no DF, Mayara Noronha confessa que gostaria de ser mais abrangente em sua missão.

“Infelizmente não consigo abraçar o mundo como gostaria. O importante é criar um corrente do bem, se cerca de pessoas que se posicione com seus projetos e as coisas vão fluir da melhor maneira, vamos atender o máximo de gente”, acrescentou.