29/07/2019 às 10:39, atualizado em 29/07/2019 às 10:40

Práticas integrativas em saúde dão qualidade de vida às mulheres da Fercal

Grupo atende a moradoras da Rua do Mato com dinâmicas de grupo e exercícios físicos que incluem meditação, Tai Chi Chuan e alongamentos

Por Agência Brasília *

Um espaço para ouvir e acolher, com direito a exercícios físicos para melhorar a saúde. Este é o grupo formado por mulheres, que se reúne todas às terças-feiras na Associação de Moradores da Rua do Mato, na Fercal. 

No encontro, estimula-se a valorização das mulheres por meio de conversas sobre autocuidado, saúde mental e física, além de discutir as demandas do cotidiano trazidas pelas usuárias.

Uma das participantes assíduas é a dona de casa Marluci Araújo, 50 anos. Após passar por um quadro depressivo, que afetou seu relacionamento com a família, ela encontrou uma forma de superar a situação. 

Lá, troca experiências e usa as dinâmicas de grupo e os exercícios físicos das Práticas Integrativas de Saúde (PIS), que incluem meditação, Tai Chi Chuan e alongamentos.

Moradoras da Rua do Mato e seus exercícios físicos: meditação – Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde/DF

 

Mesmo se recuperando de uma cirurgia recente, ela não perde a chance de participar das atividades. “Sinto-me muito bem aqui. Foram importantes os debates e os exercícios que fiz, porque fui adaptando minha mente e meu corpo para superar as dificuldades”, conta ela. 

[Olho texto=”Agora, me sinto mais disposta, alegre e compreendo mais os desafios do dia a dia. Hoje, me relaciono melhor com minha família e acredito que as companheiras do grupo também se sentem assim” assinatura=”Marluci Marluci Araújo, 50 anos, dona de casa” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O trabalho é direcionado pela terapeuta ocupacional Caroline Sarmento e pelo psicólogo Luiz Ricarte, ambos da Secretaria de Saúde. Ambos contam com a ajuda de uma fisioterapeuta e de voluntários

Eles contam que o grupo começou as atividades no ano passado, devido às muitas queixas da comunidade envolvendo ansiedade e depressão, especialmente pelas mulheres.

“Faltava um espaço para elas conversarem sobre as questões pessoais e os problemas, então foi criado esse grupo. Agora, elas têm um local para falar, empoderar-se e conhecer o papel delas na comunidade”, explica a terapeuta.

Caroline ressalta: “As temáticas são elas que trazem e as práticas corporais foram demandadas por elas. Com o tempo, percebemos como elas se sentem bem aqui, às vezes, esperando a semana inteira até chegar o dia do grupo”.

Troca de experiências
Segundo o psicológico Luiz Ricarte, o grupo é curativo por si só. “Ele tem uma função terapêutica. Na medida em que vão se apoiando e compartilhando as experiências, isso vai trazendo um aspecto curativo para elas”, afirma.

Para a dona de casa Marilsa Fernandes, 52 anos, um dos principais benefícios proporcionados pela roda de conversas é a troca de experiências, quando percebe que todas no grupo passam pelos mesmos problemas e situações.

“É o momento que temos para falar dos nossos altos e baixos. Quando dividimos nossos problemas, vemos como somos parecidas em algumas coisas. Até descontraímos com as atividades físicas para tratar das dores”, revela Marilsa.

A proposta é, com o passar do tempo, fazer com que as participantes do grupo criem uma certa autonomia e, elas próprias, promovam esse espaço. “No momento, somos como facilitadores. Mas a ideia é que elas se tornem multiplicadoras”, ressalta Luiz Ricarte.

 


SERVIÇO

Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde-DF

 

Grupo de Mulheres 

Local: Associação de Moradores da Rua do Mato, na Fercal

Data: Toda terça-feira

Horário: das 8h às 10h


* Com informações da Secretaria de Saúde