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31/07/2019 às 11:19
Sistema adotado pelas regionais de saúde Leste e Norte de organizou a fila e tornou o trabalho mais efetivo
Acompanhamento integral do paciente, listas de espera zeradas e, principalmente, transparência: essas foram essas as principais vantagens percebidas por servidores e pacientes das regiões de Saúde Leste e Norte, primeiras a terem quatro áreas da Odontologia incluídas na regulação, após um mês de projeto-piloto.
“Por estar tudo regulado, conseguimos saber quantos pacientes foram agendados, quantos faltaram à consulta, qual procedimento o dentista fez e quando ele termina o tratamento – e aí podemos informar à Unidade Básica de Saúde”, conta a referência técnica assistencial de Odontologia da Região de Saúde Leste, Cláudia Joffily.
Ela explica, ainda, que, com a regulação, os pacientes não são colocados na fila por ordem de chegada, mas pela classificação de risco. “Ele entra na fila de forma correta e na posição condizente que tem naquele momento”, complementa.
A inclusão no sistema de regulação é feita pelo dentista que atende o paciente na unidade básica de saúde (UBS), porta de entrada do atendimento. “Para que os profissionais da Atenção Básica aprendessem a preencher o cadastro, fizemos a capacitação deles”, explica.
São reguladas a Periodontia, Estomatologia, Edodontia, cirurgia oral menor e o atendimento a pessoas com necessidades especiais. “A Radiologia também começou a ser regulada. O diferencial é que o paciente já sai da consulta com o exame agendado”, diz.
Porta de entrada
Os atendimentos são encaminhados pela UBS, porta de entrada da Atenção Primária para quem necessita de dentista. No Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) da Região Leste, por semana, são agendados uma média de 12 atendimentos para Edodontia, cinco para Periodontia, 15 para a cirurgia oral menor/Estomatologia e quatro para portadores de necessidades especiais.
?Um dos atendidos foi Bruno Bernardo Dylan Sales Romero, 23 anos, autista. Após uma consulta em uma UBS de São Sebastião, foi inserido no sistema de regulação e logo encaminhado ao CEO.
Segundo a mãe, em nenhuma clínica particular conseguiram fazer o tratamento dele. E, em casa, estava difícil até mesmo para fazer a higiene oral básica. “No caso do Bruno, em razão do comportamento dele, foi necessário fazer o atendimento em centro cirúrgico”, conta a mãe dele, Simone Lopes de Sales.
“A dentista me explicou tudo o que seria feito e recebeu o meu pedido para aproveitar o momento de sedação e realizar outros exames possíveis, pois mesmo tendo plano de saúde, não conseguimos realizar nenhum tipo de exame”, diz.
[Olho texto=”Não tenho palavras para agradecer a todos que estavam no centro cirúrgico” assinatura=”Simone Sales Lopes, mãe de Bruno, 23 anos, autista” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
No centro cirúrgico, foram realizados quatro exodontias e raspagem supragengival e subgengival, além de exames. “Que profissionalismo e humanidade em criar estratégias para segurar e aplicar a medicação e conseguir concretizar o tratamento”, parabeniza Simone.
Responsável pelo atendimento, a dentista Cariacy Moura explica que os portadores de necessidades especiais necessitam de tratamento diferenciado. “Precisamos conhecer a situação sistêmica, ter contato maior com a família e contar com a colaboração dela”, observa.
A especialista diz, ainda, que, dependendo do comportamento do paciente, é preciso intervenção com mais profissionais envolvidos e o uso do centro cirúrgico, com a utilização de anestesia geral.
Maior procura
Na Região de Saúde Norte, que engloba Planaltina, Sobradinho I e II e Fercal, as especialidades com maior procura tiveram aumento no número de atendimento.
Na Edodontia, subiu de 1.040 atendimentos em abril, quando estava em teste a inclusão no sistema de regulação, para 1.804 em julho.
O atendimento a pessoas com deficiência também teve aumento expressivo: de três, em abril, para 11 em julho.
* Com informações da Secretaria de Saúde/DF