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07/08/2019 às 10:11, atualizado em 07/08/2019 às 10:12
Práticas integrativas promovem saúde e socialização de pacientes das Unidades Básicas de Saúde
“Eu me livrei da escuridão, da depressão, das dores. Eu renasci. E renasci como? Através do Tai Chi, do Lian gong, da dança sênior e do carinho das professoras”, diz Helena Moreira, 74 anos. Ele é paciente e frequentadora, há dois anos, das Práticas Integrativas em Saúde (PIS) ofertadas na Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 de Taguatinga.
Helena é uma das cerca de 60 participantes que sentem, na prática, os benefícios das atividades e da socialização que o grupo proporciona. Ela defende: “Esse grupo é uma irmandade, uma comunidade que não pode ser separada. Não pode acabar”.
Nas atividades das práticas integrativas, Helena integra o conjunto dos pacientes que buscam as UBS para escapar de problemas diversos. A depressão é um deles. E a técnica em enfermagem Nilva Maria Borba percebe como a condição mais recorrente entre os pacientes que buscam as unidades que oferecem essas opções.
[Olho texto=”“Muitos já viviam num mundo isolado e encontram sentido em suas vidas a partir do momento que se inseriram em um grupo” assinatura=”Nilva Maria Borba, técnica em Enfermagem” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
“Ele superaram as expectativas, uma vez que não conheciam bem os benefícios que teriam trabalhando seu próprio corpo, como movimentos simples e coordenados com a respiração”, explica.
Nilva atua como facilitadora de Lian gong, Tai chi chuan, auto massagem e dança sênior na UBS 5.
Outra paciente que desfruta os benefícios das atividades em grupo é Cleonice Gomes Lucena, 65 anos. Ela relata que, há um ano, era muito ansiosa, alimentava-se de maneira limitada e ficava muito tempo no sofá, quando resolveu buscar ajuda no grupo das práticas integrativas.
“Hoje, eu já perdi peso e ainda tomo alguns remédios, mas não tantos quanto antes. A gente faz exercício mental, exercício de respiração, e isso melhora a ansiedade. Sou paciente de fibromialgia e as atividades estão me ajudando muito”, conta Cleonice.
À frente do seu tempo
A Unidade Básica de Saúde 5 de Taguatinga é uma das pioneiras no Distrito Federal: há 21 anos iniciou o trabalho com as práticas integrativas anos. Vale lembrar: a política nacional só foi implantada com a Portaria nº 971/2006.
Desde então, a unidade vem contribuindo na transformação da vida dos pacientes, em especial os idosos, que encontram um espaço de acolhimento e partilha. A servidora Nilva está à frente dos grupos há nove anos e faz questão de recordar que tudo teve início com a assistente social Maria de Fátima Silva Leite, já aposentada. Ela faz parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, composto por uma equipe com nutricionista, farmacêutica, psicóloga e assistente social.
Saiba mais
As Práticas Integrativas em Saúde (PIS) passaram a ser incentivadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2002, a partir da elaboração de um documento normativo encaminhado aos países membros.
Em 2006, o Ministério da Saúde (MS), por meio da Portaria nº 971/2006, publicou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) com o intuito de garantir a integralidade nos serviços de saúde.
Os tratamentos utilizam recursos terapêuticos destinados a prevenir diversas doenças. Ao todo, o SUS oferta 29 procedimentos à população através das UBS. Cada unidade pode oferecer as atividades que melhor atendam aos pacientes daquele local.
?* Colaborou: Secretaria de Saúde/DF