30/08/2019 às 09:00, atualizado em 30/08/2019 às 09:22

Lago Paranoá: confira as dicas para aproveitar o local com segurança

Número de frequentadores tem aumentado com as temperaturas elevadas no DF

Por Adriana Machado *

De janeiro a julho foram registradas 14 mortes por afogamento em todo o DF, cinco delas no Lago Paranoá | Foto: V. Ferreira / CBMDF

Neste período de estiagem e temperaturas elevadas, o Lago Paranoá é um dos destinos mais procurados pelo brasiliense para se refrescar. O número de embarcações chega a aumentar em 30%, de acordo com dados do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Mas aqueles que buscam o local para diversão ou prática de esportes devem ter cautela e seguir as orientações do Corpo Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) para evitar acidentes.

De janeiro a julho foram registradas 14 mortes por afogamento em todo o Distrito Federal, cinco delas no Lago Paranoá. Os dados são da Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP/DF).

De acordo com o subcomandante do Grupamento de Busca e Salvamento, capitão Victor Mendonça, grande parte dos afogamentos teve relação com bebida alcoólica. “Percebemos, na maior parte dos salvamentos realizados, que as vítimas tinham ingerido bebida alcoólica. A maioria eram homens, jovens ou adultos.”

O comandante alerta também para o cuidado com as crianças. “A distância de segurança é o braço do adulto. Jamais deve-se deixar crianças sozinhas, mesmo que em distâncias pequenas”, alerta.

 

Batalhão lacustre atua com duas lanchas, seis barcos e dois jet skis por diferentes pontos do lago | Foto: V. Ferreira / CBMDF

Os banhistas devem fazer uso de itens de segurança, como boias, coletes ou flutuadores. O alerta vale para crianças e adultos.

A corporação faz outras recomendações:

– Evitar entrar na água após as refeições;

– Nadar sempre acompanhado de uma embarcação, caso faça a travessia do lago;

– Nadar na companhia de pelo menos uma pessoa e próximo à margem;

– Evitar saltar de locais elevados para dentro da água (dar de ponta) e brincadeiras como “empurrões” e “caldos”;

– Não utilize boias improvisadas. Usar colete é o mais indicado;

– Não tentar fazer salvamentos, caso não seja devidamente treinado. Nesses casos jogue objetos flutuantes, como boias, bolas, pranchas ou cordas para resgatar vítimas e ligue imediatamente para o 193;

– Crianças somente devem entrar na água acompanhadas dos pais ou responsáveis;

– Observar e respeitar as placas proibitivas e evitar caminhar sobre pedras.

A corporação atua no Lago Paranoá em dois pontos específicos: Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), próximo ao Palácio do Planalto, e Posto Avançado de Salvamento Aquático, próximo à Ponte JK. Os postos são equipados com duas lanchas, seis barcos (escaleres) e dois jet skis. Cerca de doze mergulhadores e guarda-vidas atuam nos locais, de segunda a domingo.

Aos finais de semana e feriados mais 15 bombeiros especialistas em salvamento e prevenção de afogamento reforçam o atendimento em outros cinco pontos.

“Os bombeiros ficam distribuídos por Prainha, Ponte JK, Ermida Dom Bosco, Ponte do Bragueto e ‘Piscinão do Lago Norte’ para que o atendimento seja mais ágil. Percebemos que o número de frequentadores do lago aumenta nos meses de férias, mas em agosto e setembro, que são meses de temperaturas altas e tempo seco, o número de banhistas cresce consideravelmente”, explicou Mendonça.

Segurança

Aos finais de semana o número de embarcações no Lago Paranoá pode chegar a cem. Para evitar acidentes e garantir a segurança dos banhistas, policiais do BPTur intensificam as rondas.

“O policiamento motorizado auxilia o lacustre, que consiste no policiamento feito dentro do lago, e é utilizado em pontos onde há maior concentração de pessoas e consumo de bebida alcoólica, uma das preocupações dos policias do batalhão”, explicou o comandante do BPTur, major André Caldas.

Os policiais do BPTur atuam de forma a evitar atropelamentos, uso indevido de bebida alcoólica por pilotos de embarcações e para coibir a pesca irregular. “Fazemos rondas também nas residências próximas ao lago, nas chamadas pontas de picolé, para coibir o crime nestes locais. Nos casos em que abordamos pilotos ingerindo bebida alcoólica, acionamos a Marinha, pois esta é uma infração prevista na lei de segurança do tráfego aquaviário. São eles os responsáveis pelas autuações e cobrança por documentos de embarcações e autorização para pilotar”, disse Caldas.

O policiamento é feito também em pontos como o Parque Asa Delta, Península dos Ministros, Pontão do Lago Sul, Prainha, Deck Sul e Norte e Ermida Dom Bosco.

Para frequentar o Lago em embarcações é necessário seguir algumas orientações preparadas pelo BPTur:

– Não nadar de madrugada, muito cedo ou muito tarde. A iluminação solar é essencial para se ter mais noção de espaço no lago;

– Não fazer manobras bruscas e arriscadas com embarcações e motos aquáticas;

– Antes de navegar sempre se informe, antes do passeio, sobre o local para onde vai. Tire suas dúvidas com quem conhece o caminho e/ou a região;

– Tenha certeza de que todos os passageiros estão sentados antes de acelerar. Do contrário corre-se o risco de machucá-los ou até de derrubá-los no lago;

– Desvie dos barcos a remo e banhistas;

– Diminua em 50% a velocidade habitual caso queira fazer o passeio durante a noite;

– Navegue a mais de 200 metros de distância da praia;

– Tenha em mãos habilitação e demais documentos obrigatórios;

– Faça manutenção preventiva na sua embarcação;

– Tenha coletes salva-vidas para todos a bordo.

* Com informações da Secretaria de Segurança Pública do DF