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28/10/2019 às 12:21, atualizado em 28/10/2019 às 13:14
Além de um momento de integração e reinserção social, as oficinas tiveram o objetivo de alertar para a importância da prevenção com o autoexame
Os traços foram variados, mas o motivo e a cor foram bem delimitados: Outubro Rosa. Como forma de fortalecer a campanha nacional de prevenção ao câncer de mama, pessoas em situação de rua promovem, a partir das 9h desta terça-feira (29), a Exposição de Pintura Outubro Rosa. A mostra ocorre no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Ceilândia, na QNM 16 A.E. Módulo A.
A ação é fruto de uma parceria entre a unidade de atendimento e o Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), ambos ligados à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
Até entregarem os trabalhos prontos para a exposição, os moradores de rua participaram de oficinas ao longo deste mês. Além de abordar diretamente o tema, que ainda ressaltou questões de prevenção e autoexame, foi trabalhada a interação entre eles e a reinserção social. Por se tratar de oficinas abertas a esse público, a participação era facultativa.
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Assim, uma média de 20 pessoas frequentou cada uma das intervenções semanais, ministradas pela técnica em assistência social do Creas, Niomar Rodrigues Cardoso, e pela supervisora regional do Seas, Clarice Gonçalves da Silva. “Tudo é aprendizado. É mais do que pintar quadros. É entender que precisamos nos cuidar, e mostrar a outras mulheres que elas precisam fazer o mesmo”, resume uma das moradoras de rua, que prefere ter as informações pessoais e a imagem resguardadas.
Abordagem Social
A abordagem social funciona com a criação e fortalecimento de vínculos, com o objetivo de promover a autonomia e o empoderamento do cidadão em situação de rua.
“Ela ocorre por meio de uma escuta qualificada para proporcionar, junto às unidades de acolhimento, a possibilidade da retomada dos vínculos familiares e do referenciamento das pessoas juntos aos Creas e aos Centros POP, para traçar estratégias capazes de viabilizar o processo de saída das ruas”, explica o secretário de Desenvolvimento Social, Ricardo Guterres.
Sob a supervisão das unidades da Sedes, o Serviço Especializado em Abordagem Social atua em todo o Distrito Federal. Os atendidos são acompanhados pela equipe de referência do território, onde ocorrem os encaminhamentos referentes à saúde, às assistências social e jurídica e outras políticas públicas.
A atuação consiste em orientação sobre os serviços da assistência social do DF, dos direitos e da abordagem com a perspectiva da educação social de rua e da pedagogia da presença. A partir daí ocorrem, por exemplo, os encaminhamentos para inclusão no Cadastro Único (CadÚnico), serviços sócio-assistenciais e para as demais políticas.
É importante deixar claro que o Seas não é responsável por retirar compulsoriamente pessoas em situação de rua, não atende casos como transtorno mental e tratamento para dependentes químicos e nem obriga o tratamento dessas dependências. Mais do que ajudar, o foco é na promoção dos direitos dessas pessoas.
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social