30/10/2019 às 11:12

Saúde discute ações integradas contra a dengue

Plano de Enfrentamento das Aboviroses prevê intensificação no combate ao mosquito transmissor da doença

Por Agência Brasília *

O vice-governador Paco Britto e o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, anunciaram a força-tarefa e destacaram a importância da participação de todos nas ações de combate ao mosquito da dengue | Foto: Mariana Raphael / SES

A Secretaria de Saúde apresentou, nesta terça-feira (29), o Plano de Enfrentamento das Arboviroses – doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem a dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O anúncio foi feito no auditório da Academia dos Bombeiros, durante reunião presidida pelo vice-governador Paco Britto, com a presença dos administradores regionais e secretários envolvidos no plano.

“Esse plano de ações de prevenção e de proteção da população do Distrito Federal é um dever nosso”, disse Paco Britto. “Essas ações, desenvolvidas pela Secretaria de Saúde, têm a orientação do governador Ibaneis Rocha para que sejam implantadas em todas as regiões administrativas, para o bem da população.”

Durante a apresentação, todos foram convocados a realizar um trabalho de multiplicação junto à comunidade e a firmar um compromisso de preservar a saúde e a vida da população do Distrito Federal.

Participação de todos

“Esse programa de combate à dengue, ‘Todos Contra à Dengue no DF’, é de extrema importância, pois traçamos todos os planos necessários para que possamos combater o mosquito Aedes aegypti”, destacou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. “O envolvimento de todos é muito importante, principalmente da população, para não deixar água parada onde os mosquitos possam se reproduzir. Estamos todos juntos e firmes. O governador Ibaneis está cada vez mais empenhado em não deixar que a população do Distrito Federal tenha dengue ou chikungunya.”

O Plano de Enfrentamento 2020/2023 foi elaborado em concordância com as áreas técnicas e a Sala Distrital, com objetivo de reduzir o número de óbitos provocados pelas doenças transmitidas pelo mosquito. O documento pretende aumentar a efetividade das ações e diminuir o tempo de resposta no combate ao Aedes aegypti, minimizando as dificuldades decorrentes da sazonalidade e os riscos de epidemia.

“A ideia do plano é nivelar todos os profissionais dentro de uma visão multidisciplinar sobre o que e como fazer, caso tenhamos um processo epidêmico”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. “E, caso não tenhamos, entendermos em que nível nós estamos e como podemos ajudar nesse problema de saúde pública. Entender isso nos permite fazer uma melhor prevenção, reação e ação.”

De acordo com o gestor, o Distrito Federal, além de estar preparado do ponto de vista teórico, também se encontra habilitado na prática. Ele afirma que o DF é a única unidade da federação que tem todos os insumos básicos para o enfrentamento do mosquito.

Força-tarefa

As ações visam dobrar de 40 para 80 o número de veículos para aplicação do fumacê, aumentar em mais 200 pessoas o efetivo de agentes nas ruas, usar motos para reforçar pulverização de Ultrabaixo Volume (UBV) e atuar com o apoio de 1,5 mil agentes do Corpo de Bombeiros.

O plano é organizado em cinco eixos temáticos: coordenação, assistência, vigilância, apoio logístico, comunicação, mobilização e educação em saúde. A meta é organizar o espaço e a responsabilidade de cada órgão do DF nessa rede de enfrentamento ao Aedes aegypti.

“O mosquito atinge todas as camadas sociais, em toda a sociedade, com a maior incidência nos domicílios”, ressaltou o secretário-adjunto de Gestão em Saúde, Ronan Lima. “Então, há uma grande importância no alinhamento das ações entres os órgãos e secretarias do governo para, junto à população, combater o Aedes aegypti.”

As ações

 Algumas medidas já foram tomadas recentemente pela SES para reforçar o combate ao mosquito, como a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério da Saúde. O documento visa regulamentar a alocação de 120 servidores cedidos pelo ministério à secretaria, bem como a capacitação de 1,5 mil soldados do Corpo de Bombeiros.

As ações de assistência e vigilância são fortalecidas pela participação de diversos órgãos envolvidos no enfrentamento de arboviroses, como administrações regionais, Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), Defesa Civil, secretarias das Cidades, Agricultura, Educação, Comunicação, Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP-DF), DFLegal, Novacap, Caesb, Casa Civil, Emater, Ibram e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

* Com informações da SES