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05/11/2019 às 08:15, atualizado em 06/11/2019 às 11:50
Enfermagem, informática e administração são alguns dos cursos que serão ofertados
Com 70% das obras executadas na Escola Técnica de Brazlândia, o governador Ibaneis Rocha dá mais um passo rumo ao cumprimento de um compromisso de sua gestão: a geração de empregos no Distrito Federal. Prevista para ser inaugurada em maio de 2020, a escola será mais uma aliada do GDF na oferta de mão de obra qualificada para o mercado de trabalho.
A escola está sendo construída em um terreno de 19 mil metros quadrados, pertencente à Secretaria de Educação, na Vila São José. Serão mais de 5,5 mil metros quadrados de área construída: seis blocos, incluindo um auditório, biblioteca, área coberta com refeitório, teatro de arena, quadra poliesportiva coberta, laboratórios e salas de aula.
Em um primeiro momento, a escola vai oferecer cursos técnicos em Enfermagem, Informática e Administração, que será integrado ao Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Os cursos foram escolhidos juntamente com a comunidade, em audiências públicas.
A nova unidade escolar faz parte do programa Brasil Profissionalizado, iniciativa do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e financiado com recursos do Fundo Nacional de Educação (FNDE). Para a escola de Brazlândia, o Fundo investiu R$ 7,4 milhões e R$ 7,3 milhões foram dados como contrapartida do GDF, num total de R$ 14,7 milhões.
“A construção dessa escola técnica tem por objetivo contribuir para a ampliação e qualificação da oferta de educação profissional e tecnológica de nível médio na rede estadual de ensino, conforme o programa Brasil Profissionalizado”, afirma a subsecretária de Infraestrutura e Apoio Educacional da Secretaria de Educação, Juliana Araújo Sousa.
Ela ressalta também que a escola técnica será de grande importância em razão da implementação do Novo Ensino Médio nas escolas do Brasil e do DF. “Além do aumento da carga horária, a lei do Novo Ensino Médio pressupõe o fomento ao ensino técnico”, diz a subsecretária.
O Brasil Profissionalizado busca o fortalecimento do Ensino Médio integrado à educação profissional nas redes estaduais de educação profissional. O Programa atua no fomento de ações que visam à expansão, ampliação e modernização das escolas das redes estaduais de Educação Profissional e Tecnológica, com a finalidade de expandir e ampliar a oferta de cursos técnicos de nível médio.
A construção é semelhante à Escola Técnica do Guará, que também faz parte do Brasil Profissionalizado. Instalada na QE 17/19, ela foi inaugurada em maio de 2018.
No Guará, o espaço possui mais de 4,4 mil metros quadrados de área construída, com quadra poliesportiva, cozinha, refeitório, bloco pedagógico com 12 salas, além das salas administrativas, banheiros com recursos para captação e reaproveitamento da água, laboratórios, sala dos professores, biblioteca, auditório para 200 pessoas e dois amplos estacionamentos.
O projeto educacional do local prevê que os alunos tenham qualificação profissional no contraturno das aulas, onde podem escolher entre o curso de Técnico em Enfermagem e em Computação Gráfica, que duram de 2 a 3 anos. Cerca de 400 dos 980 alunos matriculados nos três turnos ainda cursam o Ensino Médio.
A primeira turma do colégio se forma em julho do ano que vem. A diretora da instituição, Verônica Portácio, conta que os alunos do curso de Enfermagem fazem estágio de seis a sete meses na Secretaria de Educação e os de Computação Gráfica, apesar de o estágio não ser obrigatório, aprendem o dia-a-dia da profissão em um laboratório de empreendedorismo, onde atendem alguns clientes. “Nossos cursos aliam a teoria à prática. A intenção é que os alunos saiam daqui prontos para o mercado de trabalho”, diz.
Beatriz de Araújo Maia Rodrigues, 18 anos, mora em Taguatinga e cursa o 2º ano do Ensino Médio em uma escola da região administrativa pela manhã. À tarde, ela assiste às aulas do curso técnico em Enfermagem desde fevereiro. Termina os dois juntos, no final de 2020, e espera entrar logo no mercado de trabalho, apesar de não esconder uma preocupação por ser deficiente auditiva.
“Aqui assisto às aulas acompanhada por um tradutora de libras, mas não sei se o mercado está preparado para trabalhadores como eu”, diz a aluna estudiosa que pretende fazer curso superior de Enfermagem e fazer um concurso público se for o caso. “Hoje meus pais têm condições de me sustentar, mas quero ser uma pessoa independente”, afirma.