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06/11/2019 às 12:14, atualizado em 06/11/2019 às 16:10
Seminário internacional discute estratégias para a reunião de cúpula de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em Brasília
Às vésperas da XI reunião da Cúpula do Brics, que será sediada em Brasília, entre os dias 13 e 14 de novembro, a Secretaria de Estado de Economia promoveu, nesta terça-feira (5), o Seminário internacional sobre estratégias de cooperação internacional com o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (New Development Bank (NDB). A instituição financeira foi criada em 2015.
Criado para oferecer crédito mais acessível a projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável aos países membros, e em outros em crescimento, o NDB estabeleceu mais de 30 áreas de cooperação, das quais se destacam o apoio aos setores econômico-financeiro, saúde, ciência, tecnologia e inovação, segurança (combate ao crime organizado transnacional) e empresarial.
Dentro desta ótica do banco, e em harmonia com as prioridades estabelecidas pela União, o plano estratégico 2019-2060 do Distrito Federal se divide em quatro etapas temporais para atender às necessidades da população.
A secretária-executiva de Planejamento, Adriane Lorentino, disse que o plano do DF irá atuar em oito eixo: estratégia, segurança, educação, saúde, desenvolvimento econômico, social, territorial e meio ambiente. Lorentino também destacou que “trata-se de um plano de Estado inovador, para 41 anos, único no mundo, e que envolve o engajamento de todos os órgãos do GDF”.
Com esses propósitos, o Distrito Federal contribui com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em consonância com as metas mundiais estabelecidas pelo Brics: erradicação da pobreza, promoção da agricultura sustentável, geração de energia limpa, crescimento econômico e a captação de recursos destinados a investimentos que alavanquem o setor industrial, de inovação e infraestrutura.
O Brasil, como um dos cinco acionistas do NDB, já aportou cerca de US$ 1 bilhão e deverá destinar mais US$ 1,050 bilhão para a instituição até 2022. No total, o banco já recebeu aportes de US$ 5,3 bilhões de seus sócios fundadores, e a meta de integralização do capital, até 2022, é de disponibilizar US$ 10 bilhões para impulsionar investimentos em infraestrutura.
O executivo-sênior no Brasil, Marcos Thadeu Abicalil, expôs que “dentre os desafios estabelecidos pelo NDB para o Brasil, destacam-se a expectativa de aporte de mais US$ 1 bilhão nos próximos meses e atingir a meta de 20% das aprovações do Banco no médio prazo, em Projetos de Infraestrutura sustentável”.
Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2018, juntos, os países do Brics, têm uma participação de 33% no produto global, 42% da população mundial e 43% de contribuição no crescimento do produto global.
O Seminário também contou com a presença da Gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, Clarissa Jahns Schlabitz, com o tema sobre Conjuntura Econômica do DF e Brasil. Também participou o coordenador dos Projetos de Infraestrutura do Ministério da Economia, Marcelo Moisés de Paula, que discorreu sobre “Políticas da Cofiex”.
Escritório no Brasil
Atualmente, o NDB tem sede em Xangai, na China, além de um escritório em Johanesburgo, na África do Sul. No Brasil, possui escritório na cidade de São Paulo e uma representação em Brasília, no Edifício CNI. Em 2020, o Brasil indicará o novo presidente do banco.
* Com informações da Secretaria de Economia