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18/11/2019 às 11:20, atualizado em 18/11/2019 às 13:09
Espera para quem se recupera de traumas caiu de 600 para 150 pacientes. Cada terapeuta ocupacional atende entre 12 e 16 pessoas por período
Referência no Distrito Federal em cirurgia ortopédica de membros superiores, o Hospital da Região Leste (HRL, antigo Hospital do Paranoá) recebe uma demanda constante de pacientes com essas necessidades. Por causa disso, dar vazão aos que precisam passar pela reabilitação pós-operatória é uma tarefa árdua, mas que tem sido cumprida pelos profissionais de saúde da unidade.?
Em pouco mais de um ano, após a inauguração do Ambulatório de Reabilitação do Membro Superior e Terapia da Mão no HRL, a fila de espera para tratar pacientes que se recuperam desse tipo de trauma caiu de cerca de 600 para pouco mais de 150 pessoas. Hoje, são atendidos por cada terapeuta ocupacional entre 12 e 16 pacientes por período.
Um deles é o pedreiro Edvando Ribeiro, 39 anos, morador do Itapoã. Depois que se acidentou ao andar de bicicleta, quebrou o dedo e precisou ser operado no HRL. Colocou seis pinos na mão e levou 13 pontos. Assim que terminou o procedimento, foi indicado para o tratamento pós-operatório no Ambulatório de Reabilitação.
Com muita dedicação, passou os últimos três meses fazendo exercícios para recuperar os movimentos da mão e obter ganho de flexão. A recuperação incluiu seguir as recomendações dos terapeutas ocupacionais, como usar, em casa, água morna, cremes e continuar os treinos.
“Antes, todos os meus dedos estavam travados. Agora, melhorou 100%. Já estou fechando a mão. Espero ter alta daqui a alguns meses”, disse, motivado.
Enquanto Edvando está terminando o tratamento, o servente de pedreiro Renato Vieira, 41 anos, está no início da reabilitação. Ao cair de um andaime, sofreu uma fratura no osso do antebraço, colocando quatro pinos. Também precisou passar por uma cirurgia plástica no braço, feita no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Agora que começou o tratamento pós-operatório no HRL, está esperançoso em recuperar todos os movimentos da mão. “Ainda dói um pouco, mas a cada dia melhora mais”, comentou Renato, enquanto treinava no equipamento chamado de power web para ganho de flexão.
Segundo o terapeuta ocupacional e especialista em reabilitação de mãos, Marcos Calixto, o trabalho no ambulatório tem como objetivo garantir uma recuperação célere dos movimentos após o trauma. “Nós nos preocupamos com o retorno funcional do paciente, para que voltem às suas atividades. Quanto mais rápido conseguirem se recuperar, melhor. Às vezes, eles até voltam a trabalhar, mas continuam na terapia”, conta.
Uma das ações adotadas pelos terapeutas, tanto para aumentar a produtividade como para reduzir a fila de espera pelo tratamento, foi organizar atendimentos em grupo. “Fazemos dez sessões para pacientes crônicos, colocando de dez a 20 pessoas em ginásios, que têm espaços maiores. Conseguimos, assim, diminuir a lista de espera e atender grande parte dessa demanda por recuperação dos membros superiores, como braços, mãos e ombros”, informou Marcos.
O terapeuta destacou que o tempo é precioso, quando se trata desse tipo de reabilitação. Por isso, houve um esforço conjunto para garantir um atendimento mais rápido. “Na terapia da mão, quanto mais cedo o paciente vier, melhor. Do contrário, vira uma sequela. E quem opera no HRL já é logo indicado. Temos vagas reguladas e também as de demanda espontânea”, explicou.
O ambulatório funciona de segunda a sexta-feira, das 7h ao meio-dia e das 13h às 17h. No momento, conta com dois terapeutas ocupacionais, um em regime de 20 horas e outro de 40 horas semanais.
* Com informações da Secretaria de Saúde-DF