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19/11/2019 às 20:40, atualizado em 20/11/2019 às 13:26
Monitoramento é feito pela empresa nos mananciais que abastecem a capital federal
Para avaliar de forma ainda mais criteriosa a água distribuída na capital federal e garantir que a população a consuma com a melhor qualidade possível, o Laboratório Central da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) adquiriu novos equipamentos neste ano. O investimento custou cerca de R$ 3 milhões e foi garantido com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
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Foram comprados equipamentos para cromatografia líquida, cromatografia gasosa, espectrofotometria de alto desempenho e para análise de produtos químicos utilizados nos processos de tratamento. Esses equipamentos serão usados no Laboratório de Físico-Química da Caesb, que faz o monitoramento da qualidade da água de todos os mananciais superficiais e subterrâneos utilizados no abastecimento público.
Os instrumentos estão em fase final de ajustes e os técnicos da Caesb estão em treinamento. Já aquisição dos reagentes específicos para o funcionamento dos aparelhos está em fase de licitação.
Por meio dos equipamentos de cromatografia líquida e cromatografia gasosa com espectrômetro de massa acoplado, que utilizam tecnologia de ponta, é possível identificar e determinar a quantidade de contaminantes orgânicos na água bruta e tratada, caso estes estejam presentes. Os contaminantes orgânicos incluem agrotóxicos, fármacos e diversos aditivos químicos utilizados no dia a dia, como conservantes, corantes, antioxidantes, emulsionantes e estabilizantes, entre outros.
O espectrofotômetro de alto desempenho melhora as pesquisas de fósforo em água. O fósforo é um elemento importante, mas quanto está presente em quantidade excessiva na água torna-se um problema, uma vez que é um nutriente essencial para algas. A multiplicação descontrolada de algas impede a penetração de luminosidade na água, reduzindo a quantidade de oxigênio para peixes e outros organismos aquáticos. Por isso, o controle da presença de fósforo no ambiente é fundamental para impedir a proliferação desses organismos.
Já a aquisição do reator calorimétrico possibilita uma avaliação importante da cal, utilizada para alcalinização de águas. O reator avalia a eficiência da cal por meio de seu poder calorimétrico, garantindo que esse produto usado para a correção de pH nas estações de tratamento de água seja da melhor qualidade.
A coordenadora de Análises Físico-Químicas da Caesb, Cinthia Mesquita Cavalcanti, explica que a complexidade dos equipamentos analíticos de grande porte exige que eles sejam operados por químicos especialistas do Laboratório de Físico-Química. “Nossos técnicos possuem pós-graduação e mestrado. E são totalmente qualificados para a operação desses equipamentos”, defende Cinthia.
Segundo a especialista, a Caesb adquiriu esses equipamentos para dar autonomia ao laboratório quanto à realização de análises para o atendimento à legislação e a condicionantes da licença de operação para captação no Lago Paranoá. “A Caesb, por meio desse investimento grandioso em tecnologia, reforça seu compromisso social, propiciando uma avaliação ainda mais criteriosa das suas matérias primas e do seu produto final”, comemora Cinthia.
Certificação ISO
O Laboratório Central da Caesb pretende ser espaço de referência e, para isso, contratou uma consultoria para ajudar no processo de certificação internacional ISO 17025:2017. Essa certificação é utilizada para acreditar laboratórios tecnicamente competentes e que produzem resultados com alto grau de confiabilidade, assegurando qualidade e bom desempenho de seus produtos.
Desde outubro de 2018, quanto foi contratada a consultoria, processos do laboratório têm sido revistos e documentos revisados para atender a todos os requisitos da certificação. O gerente de Monitoramento da Qualidade da Água da Caesb, Ricardo Cosme Arraes Moreira, explica que o prazo final para a certificação é outubro de 2020, mas que a empresa pretende atender a todos os requisitos antes disso.
“Queremos a certificação do laboratório até o início do ano de 2020 e, com isso, estaremos entre os melhores laboratórios do Brasil”, comemora Ricardo.
* Com informações da Caesb