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21/11/2019 às 17:45
Jogos chegam ao fim nesta sexta-feira (22)
Duas grandes promessas do atletismo, ambas despontando no paradesporto nacional, são alunos do Centro Olímpico e Paralímpico de Brazlândia (COP). Os estudantes Fernando Aves Amaral, 14 anos, e Kemmilly Gabrielle Gomes de Alcântara, 16, emplacaram três medalhas de prata no primeiro dia da 13ª Paralimpíadas Escolares de 2019, em São Paulo. Os jogos começaram na terça-feira (19) e chegam ao fim amanhã (sexta, 22).
Fernando, aluno do Centro Educacional 2 de Brazlândia, mostrou que não foi à toa que ganhou desde bebê o apelido de “menino com asas nos pés”. Apesar de não usar mais próteses nas duas pernas e nem correr na ponta dos dedos, como fazia antes, ele mostrou que sabe voar com os pés quando o assunto é atletismo.
Ele emplacou o segundo lugar na prova de velocidade nos 75 metros, categoria T-35, com o tempo de 11 segundos e 62 milésimos. Nesta quinta-feira (21), Fernando compete novamente, nos 250 metros e no arremesso de peso.
As outras duas medalhas de prata na competição foram de Kemmilly. Moradora da área rural de Brazlândia e aluna Centro de Ensino Fundamental 3, ela sagrou-se vice-campeã nas provas de arremesso de peso e nos 100 metros, ambas na categoria T-37. Nesta quinta-feira será a vez de disputar a prova dos 400 metros.
Esta é a terceira vez que Kemilly participa das Paralimpíadas Escolares. No ano passado foram três medalhas de bronze e, em 2017, outras duas (prata e bronze).
Passarinho
Kemilly nasceu com paralisia cerebral, que comprometeu a coordenação motora e atrofiou todo o lado direito. Precisou fazer tratamento por 15 anos no Hospital Sarah Kubitschek, onde apresentou grande evolução.
Devido à sua altura (1,53 metro), foi carinhosamente chamada de “passarinho” pelos atletas da delegação. Antes disso, sofreu bullying na rua, a ponto de querer se isolar do mundo.
Foi aí que a mãe, Valdirene Ferreira, em 2016 buscou no COP Brazlândia uma ocupação para a filha, no curso gratuito de Inclusão Digital. O talento da garota para o atletismo chamou a atenção da professora Sheila Avelino, da Coordenação de Pessoas com Deficiência (CPD), que a convidou para praticar esporte.
Com orientação do professor Tiago da Rocha Moreira, Sheila treina Kemmily há três anos, diariamente, na pista de atletismo da unidade esportiva da Secretaria de Esporte e Lazer, em Brazlândia. A professora é acompanhante da atleta na competição nacional.
“Graças ao esporte aprendi a me dar valor e, hoje, as pessoas que me xingavam pela minha deficiência hoje me respeitam porque também aprendi a impor respeito”, destaca Kemilly.
Asas nos pés
Garoto-propaganda dos cartazes das Paralimpíadas Escolares distribuídos em todas as escolas públicas do DF, Fernando é um guerreiro para além do talento que tem para o esporte. Nasceu aos cinco meses, de uma gravidez prematura e de risco, em Balneário Camboriú (SC). Enquanto a mãe, Elisângela Amaral, lutava pela própria vida em coma, o pequeno bebê, que mal cabia na mão do enfermeiro, fazia o mesmo. Displásico, teve paralisia cerebral.
Já morando no Distrito Federal, Fernando conseguiu atendimento na unidade do Hospital Sarah Kubitschek no Lago Norte, onde fez tratamento por dez anos. Foi nessa idade que aprendeu a ler. Pisou pela primeira vez em uma pista de corrida de velocidade em março deste ano.
Em agosto, Fernando disputou a primeira competição. Foi no COP do Gama, durante os Jogos Escolares Paralímpicos do DF. Apresentou resultados surpreendentes: três medalhas de ouro – nos 75 metros rasos, nos 250 metros rasos e no arremesso de peso –, desempenho que lhe garantiu vaga para os jogos nacionais.
Evento
Promovidas pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), as Paralimpíadas Escolares deste ano são a maior edição da história dos jogos, com a presença de 1.220 estudantes dos 26 estados e do Distrito Federal, entre 12 e 17 anos. São disputadas 12 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas (formato 3×3), bocha, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, judô, natação, parabadminton, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.
Diversos talentos do paradesporto brasileiro já passaram pela competição. Entre eles os velocistas Alan Fonteles (ouro em Londres 2012), Verônica Hipólito (prata na Rio 2016) e Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100 metros (classe T47); o nadador Talisson Glock (prata no Rio 2016); o jogador de goalball Leomon Moreno (prata nos Jogos de Londres e bronze na Rio 2016); e a mesa-tenista Bruna Alexandre (bronze na Rio 2016).
* Com informações da Secretaria do Esporte e Lazer