Seguindo orientações de campanha mundial, a Secretaria da Mulher (SM) desenvolveu peças publicitárias para dialogar com a sociedade sobre os diversos tipos de violência. Durante o processo de criação, foram realizados debates apresentados cotidianamente no atendimento às mulheres acolhidas pelos equipamentos públicos da Secretaria da Mulher.
A campanha “Informação é transformação” está sendo executada nos meios de comunicação digital desde o dia 20 deste mês, Dia da Consciência Negra. Nesta segunda-feira (25), quando se comemora o Dia Internacional para Eliminação da Violência contra as Mulheres, começa a contagem dos 16 dias de ativismo. A atividade será encerrada em 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Importância da denúncia
Para a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, informar a população é mais do que uma obrigação do Estado; é um instrumento importante para salvar vidas. “Estamos observando o aumento nas denúncias de violência contra a mulher e analisamos que um dos fatores do crescimento desses números se dá por conta das campanhas publicitárias, das informações veiculadas na imprensa e da insistência de ações do governo para divulgação da importância da denúncia”, destaca. “Mesmo assim, observamos, na última pesquisa realizada pela Secretaria de Segurança Pública, que mais de 70% das vítimas de feminicídio não procuraram nenhum equipamento do GDF para acolhimento ou denúncia das violências e agressões. Isso é grave e, portanto, cada vez mais se torna necessário informar para transformar o futuro das mulheres do DF”.
O Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher foi designado oficialmente em 1999 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data foi escolhida para homenagear as irmãs Pátria, Maria Teresa e Minerva Maribal,torturadas e assassinadas nesta mesma data, em 1960, a mando do ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo. As irmãs eram conhecidas como “Las Mariposas” e lutavam por soluções para problemas sociais.
A consultora de qualidade de vida Ana Ceolin da Silva conheceu a campanha pelas redes sociais e gravou um vídeo falando da importância de ações como essa. “Há seis anos eu atuo diretamente com mulheres de todas as esferas sociais, e o que mais percebo é a falta de informação sobre os processos que envolvem a violência contra a mulher. Por isso, achei incrível a iniciativa da Secretaria da Mulher do DF de mobilizar a sociedade nessa campanha e trazer informações importantes e pertinentes para ajudar as mulheres a saírem desse estado de vulnerabilidade emocional, social, física e econômica”, declarou.
A Secretaria da Mulher do Distrito Federal atua em diversas frentes e oferece espaços que acolhem a mulher em situação de violência doméstica, seus filhos e os autores de violência. Veja, abaixo, os principais equipamentos da secretaria.
Centro Especializado de Atendimento à Mulher – Ceam
Espaço de acolhimento e atendimento psicológico, social, orientação e encaminhamento jurídico. O acesso ao serviço independe de qualquer tipo de atendimento prévio. Funciona em três unidades: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia e Planaltina.
Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds)
Atendimento psicossocial voltado para vítimas e autores de violência.
Existem nove núcleos: Brazlândia, Gama, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho e no Plano Piloto.
Casa Abrigo
É um espaço de garantia de defesa e proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e sexual, em risco de morte, e de seus dependentes. Oferece atendimento psicológico, jurídico, pedagógico e de assistência social.
Casa da Mulher Brasileira
Fechada para reforma.
* Com informações da Secretaria da Mulher