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14/02/2020 às 18:30, atualizado em 14/02/2020 às 19:05
Setor histórico do Plano Piloto será requalificado com obras de drenagem, urbanização, iluminação pública e valorização turística e cultural
Berço da moradia de operários que trabalharam na construção de Brasília, a Vila Planalto vai passar por um processo de requalificação. É o que prevê um projeto retomado pela atual gestão da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), a partir do qual essa importante área do Plano Piloto vai ganhar obras de urbanização, drenagem, iluminação pública e sinalização turística e cultural.
[Olho texto=”“Vamos fazer esse trabalho, que é uma dívida do GDF com a Vila Planalto. É uma dívida e o governador Ibaneis Rocha vai pagar essa dívida”” assinatura=”Candido Teles, diretor-presidente da Novacap” esquerda_direita_centro=”direita”]
O projeto da rota turístico-cultural está a cargo da Seduh, mas tem o selo característico da atual gestão: o trabalho integrado entre diferentes órgãos. Assim, serão envolvidas também as secretarias das Cidades (Secid), Cultura e Economia Criativa (Secec) e Turismo (Setur), além da Administração Regional do Plano Piloto, da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), da Companhia Energética de Brasília (CEB) e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF). Nesta sexta-feira (14), titulares e representantes de governo estiveram na Vila para tratar do assunto e ouvir a comunidade.
A rota terá início e fim nos arredores da tradicional Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, um marco cultural e arquitetônico da Vila Planalto (imagem abaixo). Fundada em 2 de abril de 1959, a igreja foi o local escolhido para o encontro desta sexta-feira (14), quando foram apresentados os projetos urbanístico e de requalificação, ainda sem prazo e valores para execução.
O trajeto da rota turístico-cultural engloba ruas compartilhadas, com mais espaço e vez para pedestres, sinalização dos pontos turísticos, drenagem, preservação do conjunto tombado pelo patrimônio histórico, adequação de obras desconformes e edificações irregulares, qualificação dos espaços urbanos e desenvolvimento social e turístico.
Para a coordenadora de projetos da Seduh, Anamaria de Aragão, tirar o projeto da gaveta é reviver as memórias da região. “É importante para a pessoa que venha visitar saber da história e dos marcos da Vila, que não tem mais identificação e precisam ser rememorados”, afirma. O plano de requalificação da Vila Planalto estava adormecido desde 2012, quando foi elaborado pela Secretaria de Obras.
Titular de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Leandro de Oliveira destacou a integração do GDF. “Mais importante é a demonstração de união dos órgãos de governo, empenhados em tirar projetos do papel e torná-los realidade. Uma engrenagem não funciona se todas as peças não estiverem alinhadas. É um projeto que pode parecer pouco diante de tudo que a Vila representa, mas é muito importante”, defende o secretário.
Moradora da Vila Planalto há 58 anos, Denise dos Santos é proprietária de um restaurante localizado em uma das principais vias do local. “Vai ser maravilhoso. A Vila estava precisando de uma iniciativa assim. Acredito que o movimento vai melhorar muito”, aposta.
Esperança que também é compartilhada pela moradora Leiliane Rebouças. “A gente torce para que esse projeto aconteça. Vimos muitas coisas durante esses 60 anos que nunca saíram do papel, mas temos esperança e confiança de que esse governo fará esse projeto”, vislumbra.
Secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues elogiou a iniciativa da comunidade local. “Parabenizo pela mobilização que fizeram nesse projeto. A Vila é uma joia encravada no Distrito Federal.
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Diretor-presidente da Novacap, Candido Teles mostrou-se empolgado com a iniciativa. “É um marco. Morei na Vila Planalto na década de 1960. Foi nessa igreja que assisti à minha primeira missa. A Novacap é parceira, gostou do projeto. Vamos fazer esse trabalho, que é uma dívida do GDF com a Vila. É uma dívida e o governador Ibaneis Rocha vai pagar essa dívida”, assegura.