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28/02/2020 às 09:01, atualizado em 28/02/2020 às 14:52
Cinco cidades já receberam os agentes do Detran. Ao todo, foram 93 remoções de motocicletas ao depósito e 74 autuações por escapamento irregular
Uma hora depois de instalada a blitz do Departamento de Trânsito (Detran) na 110 Sul, vários motociclistas foram abordados, mas até ali nenhum acabara multado ou tivera sua moto apreendida pela Operação Sossego deflagrada na noite da quinta-feira (27).
A ação visava tirar de circulação as motocicletas barulhentas, cujos escapamentos são adulterados sob à explicação de dar mais segurança ao piloto, que passa a ser mais ouvido pelos carros de porte grande.
Ao ser perguntado se estava surpreso, o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito, Francisco Saraiva, disse que não. Para ele, a baixa quantidade de autuação é reflexo do trabalho de conscientização que os agentes vêm fazendo nas cidades desde quando a Operação Sossego foi lançada em janeiro. Após duas horas, os fiscais abordaram 285 motociclistas – e apenas 18 foram autuados por escapamento irregular.
A operação já passou por cinco cidades. Águas Claras, Asa Norte, Guará, Santa Maria e Sudoeste registraram um saldo de 93 remoções de motocicletas ao depósito e 74 autuações por escapamento irregular das 1027 abordagens executadas pelos agentes do Detran.
“No começo da operação, a cada 10 veículos desse porte abordados, de seis a oito iam direto para o depósito. Mas esse número vem caindo. Então, nosso trabalho será valorizado pelo número de multas que a gente não dá mais”, ressalta Saraiva.
Naquele momento, às 21h de quinta-feira, a Operação Sossego ocorria simultaneamente em outras três localidades da Asa Sul: 206, 410 e 610. Havia um total de 20 viaturas, motos e até helicóptero para ajudar na fiscalização.
A infração para quem fosse pego com escapamento adulterado principalmente resultaria em sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) porque é considerada grave. Além disso, o motociclista arcaria com uma multa de R$ 127,69. Durante a checagem, os agentes conferiam ainda documentação e outros itens de segurança obrigatórios.
Riscos que o motoboy Cléberson Carvalho, 35 anos, não correu, já que sua moto estava em perfeitas condições. Apesar de reclamar dos perigos constantes pelos quais passa diariamente, disse ser radicalmente contra as motos barulhentas. “O cara passar o dia todo ouvindo aquele barulho é horrível”, disse.