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04/03/2020 às 13:11, atualizado em 05/03/2020 às 12:11
Dados apontam que 77% dos autores e 69% das vítimas tinham antecedentes criminais
Balanço feito pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) revela que os 44 homicídios registrados no mês de fevereiro deste ano formam o segundo melhor índice para o mês desde 2010, quando foram registrados 42 casos. Em fevereiro do ano passado foram 28 casos, marca histórica e a menor desde que o índice passou a ser medido. Entretanto, atípica se comparada à série histórica.
As vítimas de Crimes Violentos Letas Intencionais (CVLIs) de fevereiro, que agrupam homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, também marcaram o segundo menor número da década, com 47 casos, ficando atrás somente do mesmo mês de 2019. Esses dados ganham ainda mais relevância se for levado em conta que, já em janeiro de 2020, a Secretaria de Segurança Pública comemorou a marca de menor índice de homicídios dos últimos 21 anos no Distrito Federal.
[Olho texto=”“Quando analisado o número absoluto de vítimas deste crime, no ano passado o DF teve o menor número mortes em 25 anos”” assinatura=”Anderson Torres, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”direita”]
Para o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, as reduções das mortes de 2019 superaram a meta estipulada, o que torna o desafio ainda maior para este ano. “Fechamos 2019 com a significativa marca de menor índice de homicídios em 35 anos. Nunca se obteve uma taxa assim, desde que o índice passou a ser medido. Quando analisado o número absoluto de vítimas deste crime, no ano passado o DF teve o menor número mortes em 25 anos.”
Em relação ao perfil das vítimas e agressores, o estudo constatou que 77,8% dos autores de homicídios identificados em fevereiro deste ano tinham antecedentes criminais. Em relação às vítimas, 69,5% tinham antecedentes.
A conjunção desses fatores coloca boa parte dos envolvidos nos crimes em um provável grupo de risco elevado, e com baixa possibilidade de atuação de prevenção por parte das forças de segurança. É o caso, por exemplo, dos homicídios decorrentes do chamado “acerto de contas” entre criminosos.
Vítima e autor se conheciam em 73,7% dos crimes registrados mês passado. O levantamento revelou ainda que a arma de fogo foi empregada em 68% dos casos.
Metas e resultado
Uma das medidas estratégicas implementadas pela SSP-DF para conter a criminalidade foi, desde o início do ano passado, a estipulação de metas e a cobrança de resultados até o ano de 2022. No ano passado, por exemplo, o objetivo era a taxa de 13,4 mortes para cada cem mil habitantes nos 12 meses. Porém, a taxa foi menor: 13 mortes por 100 mil. Esse é quase o número que precisa ser alcançado neste ano, que é de 12,9/100 mil.
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“Sabemos que, como este ano estaremos competindo com o ano passado, o desafio será ainda maior. Vamos intensificar o trabalho para atingir a meta deste ano e superar os ótimos índices de 2019”, destacou o Secretário Torres.
* Com informações da Secretaria de Segurança Pública