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11/03/2020 às 14:10
O verso da música ‘Anúncio de Refrigerante’, da banda brasiliense Legião Urbana, explica a vida desse jornalista nascido e criado aqui, e que completa 29 anos nesta quarta-feira (11). “Brasília é uma cidade única”, diz
[Numeralha titulo_grande=”42″ texto=”dias para os 60 anos de Brasília” esquerda_direita_centro=”centro”]
Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.
“Sou filho de uma brasiliense com um sul-mato-grossense, dessas misturas que você só encontra em Brasília. Aqui é possível encontrar a mistura do Brasil com o Egito (sim, tem diversas semelhanças com aquela teoria) e do Brasil com seus diversos Brasis.
Muita gente batalhou para construir essa cidade, muita gente do país inteiro veio para cá, para construir Brasília e um futuro. São diversas comunidades, cariocas, gaúchos, paulistas, nordestinos, paraenses e estrangeiros. Tudo e todos se alinham nessa cidade futurista que recebeu a todos.
[Olho texto=”Ia para o cursinho a pé, amava andar pelas calçadas das superquadras. Claro, vez ou outra entrava no supermercado para comprar um doce, porque as frutas eu pegava no pé ao longo do caminho. Eram muitas!” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Sou jornalista, nascido e criado em Brasília, como gosto de deixar claro para todos a quem me apresento. Orgulho define. Vivi uma infância tão comum que virou música de roqueiro famoso ‘debaixo do bloco sem ter o que fazer’. Ia para o colégio de baú, pegava na L2 e ia de uma ponta a outra. Quando entrava na W3 já sabia que estava próximo do meu ponto. ‘Na próxima, desce, motora!’
Ia para o cursinho a pé, amava andar pelas calçadas das superquadras. Claro, vez ou outra entrava no supermercado para comprar um doce, porque as frutas eu pegava no pé ao longo do caminho. Eram muitas!
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Brasília nasceu predestinada a ser grande. Era a nova capital, a da esperança. Uma cidade planejada – mas assim como o brasileiro, cheia de jeitinhos. E teve que se reinventar nesses sessenta anos, onde já se viu as superquadras, cada uma com uma banca de jornais para chamar de sua, tendo agora bancas de pizzas, bancas de quentinhas e bancas que – pasmem, ainda vendem jornais.
É isso que Brasília é por definição, uma cidade de reinvenção e oportunidades, uma cidade que abre portas, uma cidade única que chama atenção pela sua ordenação no caos e pela arquitetura. Brasília vai ser outra daqui a 10, 20, 30 anos, porque é isso, Brasília é predestinada a se recriar.”
Pedro Paulo Souza, jornalista, 29 anos, mora na Asa Sul