17/04/2020 às 15:00, atualizado em 17/04/2020 às 15:35

Marcelo Márcio e o legado do seu Nico, da Nicolândia 

Herdeiro do parque de diversões que corta o horizonte do centro da capital, o empresário nascido e criado em Brasília contempla o passado e projeta o futuro 

Por Agência Brasília*

[Numeralha titulo_grande=”4″ texto=”dias para os 60 anos de Brasília” esquerda_direita_centro=”centro”]

Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade.

 

“Meu pai, seu Nico, mineiro de Mariana, chegou a Brasília em 1968. Ele passou por vários locais até se instalar no Parque da Cidade. O bastão foi passado em 2002, quando ele partiu. Desde então, assumi a responsabilidade de fazer com que o Nicolândia se tornasse um grande parque de diversões urbano.

Instalado desde 1978, é um dos grandes cartões-postais da cidade, um patrimônio a céu aberto. Temos orgulho de contar essa, que é uma história de família – na administração e na visitação. 

[Olho texto=”Brasília é um jardim florido. Fico feliz porque, além de fazer parte da história da cidade, fazemos com que ela respire momentos e memórias além do cotidiano.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Eu nasci em Brasília e tinha seis anos quando o Parque da Cidade foi inaugurado pelo então governador Elmo Serejo. Naquela época, ele o batizou homenagem ao filho dele: Parque Rogério Pithon Farias. Era um movimento muito grande e foi um grande presente para a cidade porque hoje o parque é o grande pulmão da capital. 

Me recordo que meu pai, com muito afinco, sempre imaginou o futuro daqui. Ele passou por muitos desafios. O Nicolândia atravessou várias fases, até ao ponto de ele pensar em desistir. Mas seu Nico tinha uma resiliência muito grande e conseguiu germinar a semente. Se hoje temos uma floresta, não podemos esquecer dessa semente. 

Eu acompanhava muito meu pai e consegui sentir tudo aquilo que ele passou. Sou fruto de tudo isso que foi feito lá atrás. O propósito do Nicolândia é criar memórias, marcar infâncias e deixar legado. Ele deixou e tenho uma energia boa de estender esse legado às futuras gerações, inclusive para meus filhos. 

Brasília não respira só política. Tem o terceiro maior polo gastronômico do Brasil, vários monumentos, um céu maravilhoso, uma das maiores avenidas do mundo. Brasília é um jardim florido. Fico feliz porque, além de fazer parte da história da cidade, fazemos com que ela respire momentos e memórias além do cotidiano.

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Quem vem ao parque de diversões quer se distrair, se desligar da rotina, e quando chegam, querem se conectar com as emoções. Isso me faz sentir vivo na cidade e me desafia a entregar ainda mais.

Daqui a 60 anos, imagino a cidade bem consolidada, desenvolvida, com povo trabalhador e feliz. Imagino a cidade com várias inovações em tecnologia, disruptiva, com polo de desenvolvimento. 

Imagino que seja a capital das capitais.”

 

Marcelo Márcio Gomes de Souza, empresário, 48 anos, nicolândia