30/04/2020 às 10:00, atualizado em 07/05/2020 às 16:36

Bocas de lobo são construídas e limpas em Taguatinga

Novos pontos são executados pela cidade para dar melhor vazão e diminuir transtornos. Ao mesmo tempo, os já existentes passam por desobstrução preventiva

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília 

Foto: Administração Regional de Taguatinga

Enquanto novas captações são construídas, as já existentes passam por desobstrução e limpeza. A cidade tem 4,5 mil bocas de lobo e uma média de 2,6 mil limpezas por ano. Foto: Administração Regional de Taguatinga

Taguatinga vai ganhar novos pontos de bocas de lobo. Execuções são realizadas pela cidade para dar maior vazão às águas pluviais que, sem curso certo, causam transtorno aos moradores. Em um dos pontos, na QNA 15, a espera por solução do problema durou mais de 20 anos. Ao mesmo tempo, 120 pontos de captação de água foram desobstruídos na região, para prevenir alagamentos. 

Quatro novas bocas de lobo também estão sendo construídas na QNM 38 por empresa contratada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), com execução de um ramal com 16 metros de extensão para ligar à rede principal de águas pluviais da região. Segundo o administrador regional de Taguatinga, Geraldo Cesar, a via recebe água vinda de Ceilândia e da parte de cima da M Norte. 

“Ali, erradicamos um lixão, plantamos ipês e construímos um campo de areia, mas a água vinha, passava por cima do meio-fio e alagava tudo. Estamos construindo bocas de lobo para dar vazão e eliminar o problema”, esclarece o gestor. “Estamos preocupados em sanar problemas que perduram e temos direcionado obras para onde tem carência de muito tempo”, diz. 

Os trabalhos são executados com base em contrato no valor de R$ 730 mil, assinado em 2018 e com vigência de cinco anos. “É um contrato de natureza continuada e vale, também, para limpeza, desobstrução e reconstrução”, diz Sérgio Antunes Lemos, diretor de Urbanização da Novacap. 

Espera de 20 anos 

Nascido e criado na QNA 15 de Taguatinga, o empreendedor Paulo Pires, 48 anos, conta que a reivindicação por construções no local tinha mais de 20 anos. Ele revela que a vizinhança conviveu com transtornos, alagamentos e prejuízos. Da mesma forma que ele, alguns aumentaram a altura da calçada para minimizar os impactos da ausência de uma captação de água.

O administrador regional Geraldo Cesar conta que quatro bocas de lobo foram criadas. “Lá, quando chovia, a enxurrada descia do Pistão Norte e não tinha vazão porque as estruturas existentes eram mais em cima”, explica. Ali, a obra está concluída e receberá finalização nesta quinta-feira (30).

“Hoje, nosso vizinho lavou a calçada e não empoçou, como acontecia sempre. A construção dessas bocas de lobo aqui foi uma bênção. Precisávamos muito disso”, diz o morador Paulo Pires. Ele se compromete a manter limpas as aberturas próximas a ele. “Ver a água indo embora é bom demais”, valoriza. 

Desobstrução e limpeza 

Enquanto novas captações são construídas, as já existentes passam por desobstrução e limpeza. Atualmente, a cidade tem 4,5 mil bocas de lobo e uma média de 2,6 mil limpezas por ano – algumas mais de uma vez. “Aproveitamos o período de estiagem para reforçar esse tipo de serviço para que, quando chegarem as chuvas, os problemas detectados tenham sido sanados, causando menos transtornos à população”, explica Sérgio Antunes Lemos, diretor de Urbanização da Novacap

Os investimentos em construção, manutenção e limpeza precisam da colaboração da população. “É importante ressaltar a questão do lixo, que vai para a rede de águas pluviais, causa obstruções e provoca enchente nas ruas. A comunidade pode nos ajudar com isso, porque quanto há impedimentos, a água procura seu caminho para escoar, danificando pavimentação, meios-fios, calçadas”, pede Sérgio Antunes Lemos. 

No ano passado, a Novacap realizou limpeza e desobstrução de quase todas as bocas de lobo do Distrito Federal: dos 91 mil pontos de toda a capital, 87 mil receberam as ações realizadas por 13 equipes. Em 2019, foram investidos aproximadamente R$ 5 milhões na manutenção das redes pluviais – em limpeza, reparos, construção e reconstrução da rede de drenagem.