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14/05/2020 às 15:13, atualizado em 16/05/2020 às 10:55
O primata sauim-de-coleira é nativo do Amazonas e o nome será escolhido com a ajuda do público pelo Instagram
Quem vê de longe, quase não consegue percebê-lo: pequeno e ainda muito frágil, o novo membro do Zoológico de Brasília vive agarrado à pelagem da mãe. O filhote de sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) nasceu no último dia 6, nesta que foi a segunda reprodução em cativeiro da espécie assistida pela Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB). O primata, nativo do Amazonas, é considerado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como criticamente em perigo de extinção.
O sexo do filhote ainda é desconhecido, porém o motivo é nobre: por conta da fragilidade do recém-nascido e pensando na preservação da espécie, os técnicos da FJZB ainda não realizaram qualquer tipo de manejo para deixá-lo especificamente aos cuidados dos próprios pais. A previsão é de que, quando completar três meses, o bebê sauim-de-coleira já ganhe alguma independência e, assim, os biólogos possam examiná-lo e determinar se é macho ou fêmea.
Apesar do sexo do filhote ainda ser desconhecido, o Zoológico vai promover uma campanha por meio de seu perfil no Instagram para que os seguidores escolham o nome do primatinha. As opções serão Tucumã e Jambu, uma fruta e uma planta típicas da região Norte, conterrâneas do sauim-de-coleira – o primata é uma espécie endêmica do Amazonas e vive em uma região geográfica restrita a Manaus e aos municípios da região metropolitana Rio Preto da Eva e Itacoatiara.
Todos os zoológicos do Brasil que possuem indivíduos do sauim-de-coleira fazem parte do Acordo de Cooperação Técnica entre ICMBio, Ministério do Meio Ambiente e Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil.
Segunda geração
Juntamente com o pai, Tucupi, e a mãe, Amarantos, o filhote é o quinto membro do plantel da espécie que o Zoológico de Brasília cuida, contando também com o casal de irmãos Caruru e Maniçoba, que nasceram na primeira reprodução em cativeiro entre Tucupi e Tacacá, sua primeira parceira. É comum na espécie a gestação de gêmeos, porém, durante o nascimento, o outro filhote de Amarantos era natimorto.
Por ser do Amazonas, o sauim-de-coleira está acostumado a um clima muito mais úmido que o do DF, mas o Zoológico de Brasília se preparou para receber o primata. “Recebemos o primeiro casal da espécie em 2017, e montamos um recinto especial para eles, com adequação de umidade e temperatura, paredes de vidro e água corrente”, conta Filipe Reis, diretor de mamíferos da FJZB.
Características e risco de extinção
O Saguinus bicolor possui este nome por conta de sua característica marcante de pelagem, com o tronco apresentando pêlos claros e o restante do corpo de cor escura. Quando adultos, podem pesar entre 450 e 600 gramas. São animais gregários, que vivem em grupos que podem possuir de 7 a 15 membros. Na natureza, a expectativa de vida do sauim-de-coleira varia entre 10 e 12 anos de idade, e em cativeiro pode chegar a até 20 anos de idade.
A estimativa é de que existam cerca de 46 mil primatas da espécie vivendo em natureza atualmente. A classificação da espécie como criticamente em perigo de extinção veio por meio de uma estatística alarmante: de acordo com o ICMBio, estima-se que pelo menos 80% da população do sauim-de-coleira poderia ser reduzida ao longo de três gerações. “Além de uma competição natural com o sagui-de-mãos-douradas (Saguinus midas), que habita na mesma região, a espécie também é ameaçada pelo desmatamento gerado pelo crescimento da zona metropolitana de Manaus, além de mortes causadas por eletrocutamento, atropelamento e caça por animais domésticos”, explica Reis.
* Com informações do Zoológico de Brasília e do ICMBio