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14/05/2020 às 15:30, atualizado em 15/05/2020 às 14:26
Diante da pandemia, sedes do Plano Piloto e de Taguatinga ampliam serviços como banho, alimentação e lavagem de roupa para a população de rua
É se aproximar das 11h da manhã e o movimento no Centro Pop da 903 Sul começa a aumentar. Homens e mulheres em situação de rua chegam para receber a segunda refeição do dia – o café da manhã é às 7h. Esse, entre outros serviços e atendimentos, é garantido pelo Governo do Distrito Federal (GDF).
O espaço de acolhimento – que tem outra unidade, nos mesmos moldes, na QNF de Taguatinga – funcionava somente de segunda a sexta-feira, mas teve os dias de atendimento ampliados para os finais de semana depois que o GDF passou a adotar medidas de contenção da pandemia mundial do novo coronavírus.
[Olho texto=”“Trabalhamos o processo de saída dessas pessoas das ruas”” assinatura=”Kariny Veiga, subsecretária de Assistência Social” esquerda_direita_centro=”direita “]
Além de se alimentar, a população que vive nas ruas de Brasília pode tomar banho, guardar pertences pessoais e lavar roupas em máquinas, com o auxílio de atendentes. Por lá também é possível receber encaminhamento médico, dar entrada em segunda via de identidade e conseguir acesso a certidões de nascimento, por meio de consulta em cartórios de todo o país.
Há também oficinas onde os frequentadores são orientados sobre cuidados pessoais. As unidades do Centro Pop do DF também servem de referência de endereço para quem vive na rua e recebe algum auxílio de renda do governo.
A Secretaria de Assistência Social (SAS-DF), responsável pela gerência dos centros, tem parcerias com salões de beleza para corte de cabelo e barbearia, nos casos dos homens. Um trabalho de resgaste da autoestima e de suporte para reinclusão no mercado de trabalho dos cidadãos em situação de rua.
A rotatividade por lá é grande, mas também há frequentadores permanentes. “Trabalhamos o processo de saída dessas pessoas das ruas. Temos desde quem tem família, mas prefere viver nas ruas, àqueles que estão lá porque não têm mesmo onde estar”, explica a subsecretária de Assistência Social do DF, Kariny Veiga.
“É um trabalho feito por cuidadores, assistentes sociais e psicólogos. Cada pessoa que passa por lá vai ter um plano de trabalho diferente”, completa.
Na unidade da Asa Sul, a frequência diária é de 250 a 300 pessoas – muitas delas vêm do Entorno do DF. Já em Taguatinga, que recebe pessoas de Samambaia e de Ceilândia, a procura varia entre 150 e 200 por dia.
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O atendimento é restrito a quem tem mais de 18 anos. No caso das crianças, só serão acolhidas aquelas que estiverem acompanhadas dos pais ou de um responsável legal, pois o acolhimento de menores abandonados é atribuição de outros órgãos do DF.