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26/05/2020 às 17:37, atualizado em 26/05/2020 às 17:53
Profissionais da saúde têm buscado respostas, por exemplo, sobre como vírus age gravemente em pacientes e, em outros casos, são assintomáticos
Pesquisadores da rede pública de saúde do Distrito Federal se uniram para entender melhor o desenvolvimento e evolução do coronavírus, causador da Covid-19, em pacientes. Diversos estudos foram iniciados na segunda-feira (25) para tentar buscar respostas como: por que alguns pacientes evoluem gravemente e outros são assintomáticos? Por que pessoas com obesidade e hipertensão arterial são consideradas do grupo de risco? É possível prever que um paciente vá evoluir de forma mais grave? Existe predisposição genética para essa doença?
Esses e muitos outros questionamentos uniram aproximadamente 100 profissionais da saúde do DF e da Universidade de Brasília (UnB), que vão analisar materiais coletados de pacientes que contraíram o vírus. Parte dos trabalhos envolve biomarcadores, que são moléculas que podem ser medidas em exames de sangue e capazes de servir como marcadores de alguma doença. Os biomarcadores apresentam aplicações clínicas importantes no diagnóstico, prognóstico e classificação do desenvolvimento de uma doença.
“A Covid-19 é uma doença que sabemos tão pouco e há muitas perguntas ainda a serem respondidas. O estudo procura avaliar biomarcadores no intuito de tentar sanar alguns questionamentos, comparando como estão os biomarcadores em casos graves e em casos leves da doença e quais são essas diferenças. Isto poderá ajudar na pesquisa de novos medicamentos”, explica a médica Gabriela Jardim, participante dos estudos e lotada no Hospital Regional de Taguatinga.
A pesquisa dos biomarcadores será feita a partir da coleta de sangue dos pacientes – após o seu consentimento – que derem entrada no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e Hospital Regional do Gama (HRG) com suspeita ou confirmação de coronavírus.
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Há várias linhas de pesquisa em andamento, desde o impacto psicológico nos pacientes e profissionais de saúde que contraíram a doença até os efeitos do coronavírus na gestação, parto e desenvolvimento infantil. Os estudos também vão procurar saber o ponto de vista dos pacientes com doenças reumáticas sobre a Covid-19.
No estudo sobre as gestantes e desenvolvimento infantil, a pesquisadora Licia Maria Henrique da Mota, autora de outras seis pesquisas sobre Covid-19, indica que o grupo de mulheres estudadas será daquelas infectadas durante a gestação. Será realizado acompanhamento pré-natal e assistência ao parto no HUB, registrando os dados clínicos, obstétricos e do desenvolvimento fetal entre outras medidas e escopos.