05/06/2020 às 18:47, atualizado em 05/06/2020 às 18:50

SSP-DF faz live para debater violência contra mulheres na quarentena

Produto de entrevistas da pasta será incluído na programação semanal, sempre às sextas-feiras

Por Agência Brasília * | Edição: Fábio Góis


Para debater a temática da violência doméstica durante o atual cenário pandêmico causado pelo novo coronavírus, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) promoveu, nesta sexta-feira (5), uma live pelo Instagram. Representantes das polícias Civil do Distrito Federal (PCDF) e Militar do Distrito Federal (PMDF) participaram da entrevista ao vivo.

O intuito do produto de entrevistas da pasta, que será incluído na programação semanal sempre às sextas-feiras, é debater temas afetos à Segurança Pública com a participação de convidados. O formato do debate respeita normas de distanciamento social.

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Titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam II), que será inaugurada em Ceilândia nos próximos dias, a delegada Adriana Romana foi a representante da PCDF no evento virtual. Durante a entrevista, ela explicou sobre o curso de capacitação ocorrido nesta semana direcionado aos policiais que atuarão na nova delegacia.

“O curso teve duração de uma semana e contou com a participação de palestrantes com experiência na área de combate à violência contra à mulher. Por meio de uma parceria com o Banco Mundial, o curso foi transmitido, por meio de plataforma digital, para secretarias de atendimento à mulher de todo o país”, declarou Adriana.

A delegada falou ainda sobre protocolos utilizados sobre a temática da nova delegacia. “Eles já são utilizados na PCDF, mas é importante esse compartilhamento entre os servidores que irão atuar diretamente no atendimento deste público”, ponderou.

Um outro ponto colocado pela delegada durante a entrevista foi a importância de perceber a violência contra a mulher em outros públicos, como crianças e idosos. “Pensamos muito em violência contra a mulher aquela cometida contra mulheres adultas, mas esse tipo de violência também pode ter como vítima idosas, adolescentes e crianças. Desta forma, a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada no processo instaurado na delegacia, inclusive com a solicitação de medidas protetivas”, explicou Romana.

Representando a PMDF na temática da violência contra a mulher neste período de pandemia, a participação ficou por conta da coordenadora do Policiamento de Prevenção Orientada à Violência Doméstica e Familiar (Provid), tenente Adriana Vilela.

Vilela falou da criação e adaptação dos policiais que atuam no Provid durante a pandemia. “A corporação adaptou os atendimentos ao atual período. Nossos policiais estão orientados a fazer o contato telefônico inicial, como já faz parte de nosso protocolo. O atendimento presencial é feito caso esse primeiro contato não seja efetivo”, explicou, para acrescentar.

“Como trabalhamos com uma abordagem de policiamento comunitário e mais próximo da população, muitas vezes entrávamos nas residências durante os atendimentos. Por conta do cuidado para não expor nossos policiais e nem a população, passamos atender do lado externo das residências.”

O Provid faz também um trabalho preventivo por meio de palestras, que estão suspensas neste período. As solicitações de escolas ou grupos interessados em receber as orientações dos policiais podem ser encaminhados para o e-mail cpp.docom@gmail.com. “Quem tiver interesse pode solicitar o serviço. Assim que as atividades normalizarem vamos atender”, acrescentou Vilela.

Ao final de cada entrevista, as convidadas responderam aos questionamentos dos internautas, que além de tirarem dúvidas, fizeram sugestões e agradeceram às respostas aos questionamentos.

Denúncia

As entrevistadas falaram da importância da denúncia para orientar a atuação do Estado. “No caso de uma emergência, ao se deparar com uma situação de violência é extremamente importante acionar o 190. A viatura mais próxima será encaminhada para o atendimento”, disse a coordenadora do Provid.

Já a delegada falou sobre canais de denúncia. “A informação pode chegar pelo 197, pelo 180 ou ainda pela delegacia eletrônica, que passou a permitir esse o registro desse tipo de crime durante a pandemia. A identidade do denunciante é resguardada”, garantiu.

* Com informações da SSP-DF