05/06/2020 às 13:45

Unidade de Queimados do HRan continua em funcionamento

Pacientes com queimaduras devem procurar o pronto-socorro do hospital para recuperação

Por Agência Brasília* | Edição: Freddy Charlson

Foto: Geovana Albuquerque/Secretaria de Saúde

São realizados cerca de 210 atendimentos mensais de pacientes com queimaduras no pronto-socorro. Foto: Geovana Albuquerque/Secretaria de Saúde

Mesmo com a pandemia do novo coronavírus e a transformação do Hospital Regional da Asa Norte (HRan) em referência para o atendimento de casos de pacientes com Covid-19, a Ala de Queimados da unidade continua funcionando normalmente.

“Somos referência no atendimento de pacientes queimados no Centro-Oeste. Não podemos parar de atender e nem fechar o ambulatório. Por isso, desde a pandemia, seguimos um protocolo e fluxo de atendimento diferenciado para não contaminar a área e nem a nossa equipe, já que somos poucos para tratar as queimaduras”, explica o chefe da Unidade de Queimados do Hran, Gilberto de Aguiar.

Para evitar uma possível contaminação, os pacientes que chegam para tratar de queimaduras fazem primeiro o teste para a detecção da Covid-19. Somente após o resultado negativo é que são encaminhados para a Ala dos Queimados. A medida de segurança visa proteger tanto os pacientes internados no setor, como os servidores.

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De acordo com Gilberto, são realizados cerca de 210 atendimentos mensais de pacientes com queimaduras no pronto-socorro. Uma média diária de sete a dez casos por dia. A média de internação anual na Unidade de Queimados é de 270 pacientes.

“Todos os pacientes passam primeiro no pronto-socorro, onde é feito o primeiro atendimento. Dependendo do caso, alguns são encaminhados para acompanhamento no ambulatório e outros ficam internados”, esclarece.

Segundo o chefe da Unidade de Queimados do HRan, geralmente são encaminhados para a internação casos de queimaduras na face, mãos e genitália. Além de casos de queimaduras de 3º grau, choque elétrico, queimadura química, inalação de fumaça e situações em que o paciente, tanto adulto como criança, tenha queimado 15% do corpo. “É um tratamento muito doloroso. Em algumas situações é necessário aplicar analgesia. Por isso, eventualmente preferimos internar o paciente, pois lá é possível dar banho e cuidar melhor da queimadura”, afirma.

Prevenção

Neste sábado (6), é celebrado o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras e a prevenção é a melhor forma de evitar acidentes e a ida ao pronto-socorro. Medidas simples e práticas podem ser tomadas, ainda dentro de casa, como:

– Manter as crianças afastadas da cozinha, principalmente quando o fogão ou forno estiverem em uso;
– Ao usar velas, manter longe de objetos inflamáveis, como cortinas;
– Desligar os eletrodomésticos e eletrônicos da tomada antes de sair de casa;
– Evitar tomar sol das 10h às 16h.

Em caso de acidente, vá ao pronto-socorro e não toque na área queimada. Também não é recomendado furar as bolhas que surgirem na pele e não usar produtos domésticos para tratar a queimadura. Havendo necessidade, a equipe do Hran está a postos para atender e orientar à população.

Frio

No período do inverno o número de casos de queimaduras costuma aumentar, já que as pessoas querem se aquecer de alguma maneira, como em lareiras e fogueiras. Além de aumentar o preparo de caldos e o manuseio com água quente.

“Nesse período do ano sempre acontece mais casos de acidentes com crianças, que puxam as panelas do fogão, onde ocorrem as escaldaduras. Além disso, tem a questão do álcool em gel e até mesmo da facilidade de compra de álcool 70% e até 90% nos supermercados por conta da pandemia”, alerta o médico.

Por conta disso, Gilberto frisa o quanto é necessário ter cuidado na hora de mexer com fogo. A Emergência do Hran funciona 24 horas, todos os dias da semana. Além disso, tem o ambulatório de portas abertas, que funciona de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h e de 14h às 18h, onde são realizadas trocas de curativos e acompanhamento de pacientes com queimaduras menos graves.
*Com informações da Secretaria de Saúde