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19/06/2020 às 21:06, atualizado em 16/04/2024 às 15:10
Ligações de vídeo, por meio de WhatsApp instalado em tablets, serão realizadas de segunda a sexta-feira
A partir desta sexta-feira (19), internas que cumprem pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) passam a contar com mais uma forma de contato com familiares: a visita virtual. A medida foi implementada de forma pioneira na unidade prisional, pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), para viabilizar o contato de familiares e amigos com internos durante a suspensão das visitas – medida adotada como parte das ações de combate à pandemia de Covid-19.
O novo formato de visita será estendido aos demais presídios. A medida foi uma iniciativa conjunta entre Seap, o Ministério Público, a Vara de Execução Penal (VEP) e o Departamento Penitenciário (Depen). Internos da Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) também terão acesso ao novo formato de comunicação.
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As ligações de vídeo, por meio do aplicativo WhatsApp instalado em tablets, serão realizadas de segunda a sexta-feira. Diariamente poderão ser realizadas até trinta ligações, de três minutos cada uma. O agendamento ocorre após indicação do interno ou interna sobre o familiar ou amigo cadastrado e autorizado como visitante.
“Esta é mais uma forma de minimizarmos a suspensão das visitas. Já havíamos implementado o envio de mensagens por meio de nosso site. Agora estamos viabilizando mais este meio de comunicação. O contato com os familiares serão acompanhados por policiais penais da unidade”, explicou o secretário de Administração Penitenciária, o delegado Adval Cardoso.
Antes da ligação ser realizada será feito um contato prévio com o familiar ou amigo cadastrado. Mas o objetivo é disponibilizar os horários por meio do site da pasta. “Por isso é tão importante que o cadastro do visitante esteja atualizado, mesmo com a suspensão das visitas presenciais”, acrescentou o secretário.
Trabalho conjunto
Representantes do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri/MPDFT), da VEP e do Depen acompanharam a demonstração das visitas virtuais, na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF). As ligações serão realizadas por meio dos cinco tablets entregues pelo Depen à Seap. A doação foi resultado das tratativas do MPDFT e da VEP para diminuir o impacto da suspensão das visitas durante a pandemia de Covid-19.
Atualmente há 654 detentos na PFDF, entre os quais 547 mulheres e mais 107 pessoas de ambos os gêneros na ala de tratamento psiquiátrico. Até o momento não há registro de caso de coronavírus na unidade.
Para a juíza da VEP, Leila Cury, a implementação da visita virtual é um alento para familiares e reeducandos. “Quando falamos que a visita será virtual nos remete a algo frio, pois será feita por meio de máquinas. Mas, diante deste cenário pandêmico, é imprescindível o uso desses equipamentos para aproximação. A aproximação entre familiares e reeducandos é essencial para ambos. Acompanhamos as primeiras visitas virtuais hoje e foi muito emocionante”, relatou Leila.
Mais perto
A nova modalidade agradou as sentenciadas. Para uma delas, que fez a ligação para a filha, esta é uma forma de estar mais perto da família. “Esta é uma oportunidade de olharmos para nossos familiares e ver que realmente está tudo bem, pois desde da suspensão das visitas o contato tem sido feito por meio de cartas. Só posso agradecer”, afirmou.
Em abril, a Seap passou a disponibilizar um canal para troca de mensagens entre familiares e internos em abril, por meio do link do cadastro de visitantes. O familiar ou amigo cadastrado acessa o mesmo link em que retira senhas para realizar visitas.
Após confirmação de dados será aberto um espaço para incluir as informações. A mensagem será impressa e entregue ao interno, pela equipe do Núcleo de Visitas de cada unidade prisional, e poderá responder à mensagem.
Reeducandos em quarentena ou contaminados pela Covid-19 também estão contemplados com a medida. Independentemente das mensagens, as informações do estado de saúde de cada um continuam a ser repassadas às famílias por meio das equipes das unidades prisionais.
* Com informações da Secretaria de Segurança Pública