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21/06/2020 às 21:00, atualizado em 22/06/2020 às 10:11
Escolas serão canais de informações e esclarecimento das aulas mediadas. Retorno definitivo, via registro de presença, será dia 29
Nesta segunda-feira (22), começa a semana de acolhimento aos estudantes da rede pública de ensino. As escolas e as unidades parceiras que atuam na educação infantil vão estar mobilizadas para incentivar e orientar os estudantes sobre o ensino mediado, como previsto pelo Escola em Casa DF, o programa que vai proporcionar a retomada do ano letivo 2020 a 460 mil alunos, via registro de presença, a partir do dia 29.
O acolhimento servirá para os estudantes se ambientarem à novidade, tirarem duvidas e escolherem uma das três opções mediadas ofertadas: pela Internet, por meio da plataforma Google Sala de Aula; pela TV, com as teleaulas; ou conteúdos impressos distribuídos pelas escolas. Seja qual for a escolha, os conteúdos das aulas serão ministrados no mesmo ritmo, obedecendo a uma agenda única.
Cada unidade escolar terá autonomia para organizar o apoio ao retorno dos estudantes. “O acolhimento é informação. As escolas devem organizar suas rotinas. Cada unidade deve ter uma dinâmica própria, mas é importante que os professores estabeleçam contato com seus estudantes, dentro do horário ou periodicidade estabelecida pela escola”, explica o coordenador do Escola em Casa DF, David Nogueira. O dia a dia da organização será determinado pelas escolas.
Monitoramento
Durante está semana, a Secretaria de Educação vai mapear os pontos positivos e negativos do ensino mediado. David espera ter uma radiografia dos problemas, do que pode ser melhorado em curto, médio e longo prazos e saber quem não conseguiu acessar e o motivo, par fazer correções de rumo. “É natural que um programa deste tamanho, feito em pouco mais de cem dias, apresente problemas. Por isso, vamos levantar informações que nos possibilite trabalhar rapidamente sobre soluções”, pontuou David Nogueira.
A supervisora pedagógica do Centro Educacional do Lago Norte (Cedlan), Viviane Rocha, aponta o monitoramento da participação na plataforma como uma etapa fundamental: “Espero que até o retorno do ano letivo, no dia 29, a gente já tenha a noção real de quem de fato não entrou nas turmas virtuais e verificado o motivo para iniciar o contato com os estudantes e entender e solucionar a falta de acesso, se não acessou porque teve uma dificuldade de entendimento da plataforma ou se foi uma dificuldade do acesso à internet”, disse.
As unidades escolares terão apoio da Secretaria de Educação para achar soluções para a ausência dos estudantes no ensino mediado. “As escolas devem reportar às coordenações regionais aqueles casos em que não conseguem ter nenhum contato com os estudantes para que possamos adotar as medidas necessárias”, esclareceu David Nogueira.
Página vai atualizar estudantes
Nesta segunda-feira (22), a Secretaria também vai lançar a página do Escola em Casa DF, abrigada no site da Casa, para ajudar a esclarecer dúvidas dos estudantes e seus familiares. A página foi feita sobretudo para explicar aos estudantes as opções das aulas mediadas e responder às dúvidas frequentes.
Como o próprio Escola em Casa DF, a página será modificada na medida em que o monitoramento do programa apresentar as principais dúvidas dos estudantes, além de anunciar, quando ocorrerem, novidades como o pacote de dados que tornará gratuito nos acessos ao programa. A expectativa é de que no máximo até 01.07 a contratação do pacote esteja assinada.
Quem se ambientou conta da história
Maria Eduarda Ferreira, 17 anos, já se adaptou à plataforma. Ela se organiza para as aulas presenciais. Prepara o material de estudo no seu quarto, no período da manhã, e verifica os conteúdos e atividades que acessa diariamente as salas virtuais da sua turma do 3º ano do Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia na plataforma Escola em Casa DF.
Sua rotina tem sido assim desde que a Secretaria de Educação, em meio à pandemia da Covid-19, deu início às aulas mediadas pela plataforma, preparadas especialmente para que professores e alunos pudessem manter os hábitos de estudos de forma segura e inovadora. Ela acha que as dificuldades são naturais, mas o uso acaba se tornando um hábito.
No acesso, é preciso criar o e-mail com @estudante. Será necessário ter o código de aluno, disponível no Boletim Escolar, e gerar o token (senha para o primeiro acesso). “O recomendado é que depois de gerado o token, o estudante mude a senha e anote para não esquecer”, aconselhou a supervisora pedagógica do Centro de Ensino Médio 804 do Recanto das Emas, Janine Oliveira e Silva, em live realizada na rede social da escola.
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É principalmente por meio das mídias sociais que o CEM 804 do Recanto das Emas pretende atrair o máximo de estudante para conhecerem a plataforma a partir do dia 22. “O acolhimento aos alunos está acontecendo pelas redes sociais. Na próxima semana faremos outra live sobre o funcionamento da plataforma para tirar as dúvidas deles”, contou a supervisora.
No Cedlan, que já utiliza a plataforma desde abril, integrantes da gestão e professores organizam reuniões virtuais com os quase 600 estudantes matriculados na unidade. Essas reuniões são para esclarecer dúvidas técnicas de acesso e proporcionar maior vínculo escolar.
“Nas últimas semanas muitos alunos entraram na plataforma com a nossa ajuda porque eles estavam com dúvidas nas ferramentas. Creio que vamos ter que ajudá-los a compreender, além do conteúdo das disciplinas, aspectos técnicos que, inclusive, nós professores também tínhamos no começo”, lembrou o professor de química da Cedlan, Domingos José Fernandes Júnior. Ele leciona para 14 turmas das três séries do ensino médio.
Ter dificuldade de acesso ao Escola em Casa DF não foi problema para a jovem Cecília Melo Costa, de 14 anos. Estudante do 9º ano da CEF 3 Brasília, Cecília conheceu na plataforma ao entrar na turma virtual de matemática.
“Nossa professora criou a sala de aula e disponibilizou o código de acesso, ai foi só eu buscar minha turma. Foi bem fácil de entrar”, conta. Para ela, por mais complicado que seja o momento atual, os esforços dos estudantes farão diferença para que o ano letivo não seja mais prejudicado. “Se organizar o tempo para ver os conteúdos e fazer as atividades vai dá certo. Temos que buscar entender a matéria para não perdemos esse ano, o que prejudicaria todos nós”, explicou.
*Com informações da Secretaria de Educação