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22/06/2020 às 14:40, atualizado em 22/06/2020 às 14:42
Servidores do setor aprenderam mais sobre a Síndrome Coronariana Aguda em um cenário de pandemia
Profissionais da Secretaria de Saúde participaram de uma capacitação on-line em doença cardiovascular com o tema Síndrome Coronariana Aguda no cenário Covid-19 – Rede Sprint. O treinamento contou com a participação de 50 cardiologistas da rede pública de saúde (SES e Iges-DF), que utilizaram a plataforma Zoom para interagirem. A capacitação teve como público os profissionais da saúde que trabalham nas emergências.
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Os prontos-socorros dos hospitais e unidades de pronto atendimento (UPAs) estão integrados por tecnologia que facilita a comunicação entre as unidades. As doenças cardiovasculares, inclusive o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), são a maior causa de morte no mundo e os dados não são diferentes no Brasil.
De acordo com dados vigentes da área, a sua incidência não diminuiu durante a pandemia. Nesse sentido, mesmo nessa situação os treinamentos foram adaptados para atingir os profissionais que estão na linha de frente nas emergências das unidades – principalmente porque, no Distrito Federal, pouco mais de 10% dos pacientes internados por Covid-19 com comorbidade possuem alguma doença cardiovascular, a primeira da lista.
A médica palestrante e Referência Colaboradora Distrital da Cardiologia na Secretaria de Saúde, Edna Marques, explica a importância de se manter os treinamentos para continuar o aprimoramento da equipe mesmo neste momento tão delicado de pandemia. Além da capacitação focada na Síndrome Coronariana Aguda, o curso aborda a dinâmica da Rede Sprint.
A profissional também é a coordenadora do Projeto Sprint/DF e trouxe a metodologia utilizada nas emergências para a abordagem desses casos.
Edna conta que os treinamentos presenciais estavam programados, no entanto, com a pandemia, a capacitação foi adaptada para a plataforma on-line. Além disso, a Covid-19 foi mais um motivo para continuar a capacitação, que será mensal.
“Recebemos muitos profissionais novos e toda a equipe precisa trabalhar alinhada aos protocolos que utilizamos. Queremos que todos tenham a capacidade técnica para atender o paciente da melhor maneira possível. Cada minuto conta”, explicou Edna Marques.
“Não adianta ter apenas medicamentos e aparelhagem, se não sabe o momento correto de utilizar. O Sprint ajuda a dar celeridade a esse atendimento e possibilita a interação com equipe de cardiologista 24 horas, onde se pode discutir o caso clínico de cada paciente, avaliação do eletrocardiograma, outros exames, e se necessário acionar a transferência do paciente para o serviço de cardiologia de referência caso seja necessário para realização de procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos”, acrescentou Edna.
Aprimoramento
O projeto Sprint tem o objetivo de prestar um tratamento mais qualificado e com a maior celeridade possível no atendimento dos casos de suspeita de infarto agudo do miocárdio.
Lançado em 2019, o Sprint funciona nos prontos-socorros da rede pública de saúde e são integrados às unidades de referência cardiológicas dos hospitais regionais de Taguatinga e Gama, Hospital de Base e Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). Por meio da tecnologia, tablet , celulares e o aplicativo Join, profissionais trocam informações em tempo real.
Devido à Covid-19, a profissional alerta para que a população não tenha medo de ir até a unidade caso tenha dor no peito. Os treinamentos são, inclusive, para padronizar e uniformizar o atendimento pelas equipes.
Em qualquer emergência que for, caso seja suspeita de IAM, o paciente terá o mesmo tratamento, protocolo e atenção. O objetivo é estabelecer o melhor tratamento mais rapidamente possível para diminuir sequelas e preservar sua vida.
O próximo passo da área é incluir o Samu na Rede Sprint. O médico que estiver atendendo uma ocorrência em IAM, por exemplo, poderá ter o mesmo acesso à equipe das unidades.
A ação é essencial quando a equipe se depara com um trânsito pesado e pode ter dificuldade de chegar a uma unidade de emergência. Em ocasiões como esta é instituído o tratamento do infarto no local do atendimento, ou mesmo durante o transporte para uma emergência fixa.
* Com informações da Secretaria de Saúde