16/07/2020 às 20:01, atualizado em 16/07/2020 às 23:04

Empresa que vendia produtos vencidos é fechada

Ação da Seagri e da Polícia Civil também flagrou alimentos sem comprovação de origem

Por Agência Brasília * | Edição: Fábio Góis

Infratores chegaram a reembalar produtos vencidos com nova data de validade | Foto: Secretaria de Agricultura

A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) realizou uma operação em conjunto com a Polícia Civil (PCDF) com o objetivo de fechar um estabelecimento que estava comercializando, de maneira irregular, produtos de origem animal – carnes, linguiças e kits feijoada, entre outros, em franco risco a saúde da população. Cerca de duas toneladas de produtos vencidos e sem comprovação de origem foram encontradas no local.

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Foram coletadas amostras dos produtos e encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que possui um convênio com a Seagri para análises laboratoriais. O proprietário do estabelecimento foi preso em flagrante e conduzido para a delegacia. Já os produtos impróprios para consumo foram encaminhados para a destinação correta.

Segundo o gerente de Segurança e Qualidade Alimentar da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal (Dipova), Wendel Lago, o estabelecimento já apresentava irregularidades há um bom tempo e já havia sido alvo de uma série de penalidades e advertências, como interdição e multa no valor de R$ 90 mil.

“Ele não tinha permissão para continuar operando. Verificou-se uma série de irregularidades e o estabelecimento estava em pleno funcionamento, com condições higiênico-sanitárias muito precárias”, explicou.

O gerente da Dipova informou ainda que, no momento da ação, uma equipe do estabelecimento reembalava produtos vencidos com nova data de validade. “Fora as outras inúmeras irregularidades que foram detectadas durante a abordagem”, completou Wendel.

[Numeralha titulo_grande=”R$ 90 mil” texto=”é o valor de uma das multas aplicadas à empresa” esquerda_direita_centro=”centro”]

O diretor da Dipova, Marco Antônio Martins, explicou que o estabelecimento tinha registro, mas estava com as atividades suspensas e vinha sendo monitorando desde então. Ele disse ainda que amido estava sendo aplicado para dar volume aos produtos, o que garantia mais lucro ao proprietário. Além disso, corantes proibidos eram usados para dar aspecto de produtos recém-embalados, de modo a enganar clientes.

| Foto: Secretaria de Agricultura

“A população pode ficar tranquila que a Dipova está trabalhando para que as pessoas possam consumir produtos de qualidade. É muito importante que o consumidor procure o selo da Dipova nos produtos, assim ele sabe que está comprando um produto inspecionado e seguro”, afirmou Marco Antônio.

Obrigação institucional

O secretário de Agricultura, Candido Teles, ressalta que o serviço de inspeção percebeu que o estabelecimento vinha funcionando de forma ilegal, o que levou à necessidade de fechamento e recolhimento de produtos. “Garantir a qualidade é uma obrigação nossa. Por isso, a decisão de fechar o estabelecimento foi tomada para não colocar em risco a saúde da população do Distrito Federal”, afirmou o gestor.

A subsecretária de Defesa Agropecuária, Danielle Araújo, exaltou o trabalho da Dipova e lembrou que os servidores estão na rua fiscalizando, orientando e garantindo que o consumidor tenha em sua mesa produtos de qualidade.

“Em tempos de pandemia, em que muitos serviços públicos estão suspensos e muitas atividades sendo desempenhadas via teletrabalho, a nossa equipe continua indo a campo para garantir que o consumidor tenha acesso a alimentos seguros”, enfatizou.

* Com informações da Secretaria de Agricultura