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22/07/2020 às 18:52, atualizado em 23/07/2020 às 16:09
Crianças, gestantes e puérperas precisam ser vacinadas prioritariamente, mas a medicação está à disposição para o público em geral
Desde o término da campanha de vacinação contra a gripe influenza, em 30 de junho, o Ministério da Saúde orientou que a doses remanescentes fossem liberadas para o público em geral e não mais apenas para públicos específicos. O Distrito Federal ainda possui 30 mil doses da vacina e qualquer pessoa pode ser vacinada.
Como essa vacinação ocorre de maneira pontual por meio de campanha sazonal, não haverá mais reposição pelo Ministério da Saúde. Portanto, o processo de imunização segue enquanto durar o estoque. A população pode procurar qualquer uma das 128 salas de vacinação do DF.
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A Secretaria de Saúde (SES-DF) alerta que crianças, gestantes e puérperas precisam ser vacinadas. Dados estatísticos apontam que o Distrito Federal não alcançou a meta de forma homogênea e, além disso, esse público faz parte do grupo de risco porque evolui rapidamente para as complicações da doença.
Os dados preliminares mostram que as crianças de 2 anos a menores de 5 anos tiveram o pior índice – só alcançaram 47,5% de população vacinada, seguido das crianças de 5 anos (60,3%). Crianças de 6 meses a menores de 2 anos alcançaram 72,2%, gestantes tiveram apenas 57,2% da adesão, puérperas 66,7% e adultos de 55 a 59 anos 51,4% permanecem com coberturas vacinais abaixo da meta.
Infecção aguda
Gerente de Imunização, Renata Brandão alerta que a influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade, com tendência a se disseminar facilmente. A infecção pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente em crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, puérperas, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.
“Hoje, estamos vivendo uma pandemia e as pessoas estão com muito medo. Não estão conseguindo pensar na importância da vacinação. Elas saem para parques, shoppings e não vão às unidades básicas com medo da Covid-19. Não podemos negligenciar a vacinação. Afinal as doenças existem e muitas delas estão em atividade no Brasil, como é o caso do sarampo, incluindo o Distrito Federal”, adverte Renata.
O alcance da meta dos grupos prioritários se deve ao fato de que os grupos de trabalhadores de saúde (125,3%) e idosos (150,7%) ultrapassaram 100% de cobertura vacinal. As pessoas privadas de liberdade, jovens em medida socioeducativas e funcionários do sistema prisional chegaram a 100,3%. Já as pessoas com comorbidades (105,0%) e os membros das forças de segurança e salvamento (122,4%) também já atingiram a meta de 90%.
Além do apelo para a vacinação contra a influenza, a SES-DF pede que os adultos de 20 a 49 anos submetam-se à imunização contra o sarampo dose extra. Esta é a única maneira de garantir que doenças erradicadas não voltem a circular no Brasil. Comprovadamente, é o melhor método de prevenção de doenças.
O Brasil ainda é exemplo por possuir o maior programa público de imunização do mundo. A rede pública de saúde oferta todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). São 20 medicações que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação para diferentes faixas etárias, prevenindo mais de 40 doenças.
Passado recente
Assim como a Covid-19, a gripe A H1N1 surgiu de forma avassaladora em 2009, quando a OMS precisou declarar pandemia mundial, na época ainda conhecida como gripe suína. O surto global caracterizou-se justamente por uma variante de gripe suína.
A mesma corrida pela vacina foi vista há 10 anos, mas a letalidade continua em curso. Quem não está vacinado pode pegar o vírus e, apesar da medicação, evoluir para a pior forma da doença, com risco de óbito.
A influenza é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus A, B, C e D. O vírus A está associado a epidemias e pandemias, com comportamento sazonal, e apresenta aumento no número de casos entre as estações climáticas mais frias. O Ministério da Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados.
Essas áreas têm como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes e permitir o monitoramento da demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos. Por isso é importante a participação na campanha anualmente. Assim, em 2020, a composição da vacina trivalente (com três cepas) utilizada na rede pública ficou assim:
– A/Brisbane/02/2018 (H1N1) pdm09 like-virus
– A/South Australia/34/2019 (H3N2)
– B/Washington/02/2019 like-virus
* Com informações da Secretaria de Saúde