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05/08/2020 às 10:38, atualizado em 05/08/2020 às 16:05
Sem local adequado para descarte, lixos ensacados do comércio e de moradores eram espalhados, atraíam bichos e colocavam em risco a saúde da população
Já fazia pelo menos 15 anos que o presidente da Associação de Feirantes da Feira Permanente do Paranoá, João Eudes Gonzaga, se incomodava com o lixo descartado em frente à quadra 26. Sem espaço apropriado de armazenamento, os rejeitos ensacados eram deixados no chão e os cachorros os remexiam em busca de alimentos. Pronto, a sujeira estava feita e atraía outros bichos e doenças. Trabalho redobrado para o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), mas que, desde a semana passada, deixou de existir com a instalação de contêineres apropriados para a coleta do lixo.
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Administração Regional do Paranoá, distribuiu em pontos estratégicos da região dez contêineres de aço com capacidade de 1,2 mil litros. Os equipamentos servirão para acomodar os sacos de lixo até que o caminhão do SLU os recolham, deixando a cidade mais ordenada, limpa e melhorando a qualidade de vida de quem mora e trabalha por lá.
A compra de nove contentores de lixo foi feita com recursos próprios da administração, economizados na redução de custos das contas de água e luz. Custaram R$ 1,8 mil, cada, feitos no padrão do SLU e dentro das normas técnicas da ABNT. O décimo foi doado como material inservível do Hospital da Região Leste (antigo Hospital Regional do Paranoá) e completamente recuperado pela administração.
“Foi um excelente investimento porque agora todo mundo está depositando os sacos de lixo em um espaço apropriado, sem risco de serem espalhados e atrair bichos e doenças”, explica o administrador regional Sérgio Damaceno.
Pontos de coleta
Três contêineres foram colocados na feira permanente da quadra 26, e perto do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 03 e do CEF 01. O local era considerado crítico pela administração, devido ao mau cheiro que incomodava principalmente os estudantes das duas escolas, além dos feirantes.
Há 24 anos na Feira Permanente do Paranoá com a venda de hortifrútis, João Eudes diz estar contente por finalmente ver seus inúmeros pedidos de instalação dos contentores serem atendidos. Tão empolgado que já planeja com outros feirantes construir um jardim em uma área próxima que também estava servindo de descarte de lixo. “Agora está bem mais limpo aqui, dá gosto de ver.”
As avenidas transversais do Paranoá, importantes rotas comerciais da cidade, receberam quatro contêineres. No lado par, eles estão na altura da quadra 24. Já do lado ímpar, um está próximo ao antigo CF5 e o outro na quadra 23. A praça da quadra 13 também recebeu um contêiner para acabar de vez com o problema de lixo espalhado na área.
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E quem frequenta o setor de oficinas e a feira do produtor da quadra 34 aos domingos também já pode encontrar o espaço mais limpo. Por lá, os problemas de sujeira eram os mesmos e os feirantes não tinham onde descartar materiais e embalagens se não em sacos depositados no chão. Dois equipamentos foram direcionados para lá.
Sandra Pereira Silva é uma das dirigentes da Associação dos Produtores Rurais Feirantes do Paranoá. Ela também enumera os ganhos, tanto para a população quanto para os seus colegas de feiras que agora não terão mais os sacos de lixo abertos por catadores de latinhas – e que acabavam espalhados. “O aspecto no último domingo (2) já era outro, muito mais agradável e limpo depois que desmontamos as barracas”, conta ela.