11/09/2020 às 21:32, atualizado em 12/09/2020 às 19:00

Segurança Pública permanece no Setor Comercial Sul

Além do atendimento ao cidadão, operações policiais serão intensificadas. Atuação integrada com outros órgãos também continua

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

O atendimento com o envolvimento de todos os órgãos da Segurança vai continuar, inclusive com serviços de emissão de documentos, como carteira de identidade | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Após dez dias atuando de forma integrada com outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) para revitalização do Setor Comercial Sul (SCS), a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF) dará continuidade ao trabalho realizado, desde julho, na região. Na próxima semana, a presença policial será ampliada com operações pontuais, atividades preventivas, atendimentos ao público e apoio aos órgãos do governo.

“Todo o sistema de segurança pública se mobilizou para atuar de forma integrada com outros órgãos durante duas semanas, mas a nossa missão não terminou. Vamos permanecer no local com reforço das ações policiais, apoio aos órgãos de fiscalização, combate ao transporte pirata e melhorias na sinalização de trânsito. A atuação preventiva é primordial para aumentar a sensação de segurança de empresários e frequentadores do SCS”, destaca o secretário de Segurança Pública, delegado Anderson Torres.

A Cidade da Segurança Pública permanecerá no Setor durante todo desdobramento da operação. “Serão realizados atendimentos com envolvimento de todos os órgãos da Segurança, seja com abordagens em casos necessários, identificação, emissão de carteira de identidade, orientações e organização do trânsito”, explica o subsecretário de Operações Integradas (Sopi), coronel Márcio Vasconcelos.

| Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Também serão mantidas tendas da Defesa Civil instaladas para suporte e ajuda humanitária, como afirma o subsecretário, coronel Alan Araújo. “Alguns deles têm endereço fixo, por isso continuamos com a identificação dessas pessoas e levantamento de necessidade de cestas básicas, colchões e cobertores, por exemplo. Também estamos em contato com demais órgãos do GDF, caso surjam outras demandas”.

Na semana que antecedeu a ação, a Defesa Civil realizou vistorias para verificar possíveis riscos estruturais de edificações, instalações elétricas e centrais de gás. A Unidade de Políticas Pública, da SSP/DF, fez a identificação de desordens, como lixo e entulho descartados incorretamente, mato alto e falta de iluminação adequada, para facilitar a eficácia das ações. “Foi feito um mapeamento prévio, que norteou os procedimentos necessários para a revitalização do Setor”, conta o chefe da Unidade de Políticas Públicas, coronel Holanda.

Balanço da primeira fase

Entre 24 de agosto e 4 de setembro, a Cidade da Segurança Pública serviu como base para diversos serviços oferecidos pelos órgãos de governo para a comunidade local, principalmente para as pessoas em situação de rua. O planejamento da operação integrada foi elaborado em reuniões organizadas no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). Além dos órgãos públicos, membros da comunidade local, comerciantes, produtores culturais e representantes dos Conselhos de Segurança (Consegs) de Brasília e da Área Central participaram dos encontros.

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) emitiu 120 carteiras de identidades no período. Já a Defesa Civil cadastrou 21 pessoas para entrega de cestas básicas e de cobertores. No total, mais de 2 mil pessoas foram atendidas pelos órgãos de governo, incluindo abordagens sociais, encaminhamentos para comunidades terapêuticas, atendimento a usuários de drogas, testes para Covid-19 e outras doenças. Além de cadastro no Sistema Público de Emprego, suporte para recebimento de benefícios, orientações sobre programas habitacionais, atendimento jurídico e psicossocial, entre outros.

A primeira fase da ação começou no início de julho, com mobilizações sociais das Secretarias de Assistência Social (Sedes), de Saúde (SES), de Justiça (Sejus), do Trabalho (Setrab), da Mulher (SMDF), entre outras pastas. O trabalho foi feito com o apoio da SSP/DF, por meio da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Suprec), da Defesa Civil, da Sopi, responsável pela coordenação das ações de segurança pública, e da Subsecretaria de Inteligência (SI), com mapeamento estratégico do local.

A organização das desordens identificadas no SCS para ocupação do espaço público foi um dos objetivos da ação. “Em relação à população em situação de rua, continuaremos auxiliando na interlocução e distensão dos conflitos existentes, com o objetivo de aprimorar e potencializar as ações de segurança pública para a prevenção da violência e da criminalidade”, ressalta o subsecretário da Suprec, Manoel Arruda.

*Com informações da SSP/DF