14/09/2020 às 09:46, atualizado em 14/09/2020 às 09:52

Aedes aegypti: saiba como não deixar o mosquito nascer

As ações de combate ao mosquito são feitas diariamente, em todas as regiões administrativas. Mas a população deve fazer sua parte

Por Agência Brasília * | Edição: Renato Ferraz

O período chuvoso está chegando e, junto com ele, a preocupação com o aumento do número de casos de dengue, chikungunya e zika no Distrito Federal. Embora todos os dias os agentes de Vigilância Ambiental inspecionem residências e espaços públicos, em todo o DF, os cuidados começam dentro de casa e se estendem às ruas.

O lixo acondicionado de forma incorreta, no período chuvoso, torna-se um ‘excelente’ criadouro para o mosquito Aedes aegypti. Uma simples tampa de garrafa jogada nas ruas, ou no quintal de casa, pode servir para a fêmea do mosquito depositar ovos. Por isso, a Vigilância Ambiental alerta para os cuidados que cada um deve tomar para evitar o nascimento do mosquito.

“Estamos no período interepidêmico, que antecede ao período chuvoso. Por isso, é necessário que redobremos a atenção e os cuidados com as propriedades e com a vizinhança”, alerta o gerente de campo de vetores e animais peçonhentos da Vigilância Ambiental, Reginaldo Braga. 

[Numeralha titulo_grande=”575″ texto=”quantidade de dias que os ovos do mosquito podem durar esperando as chuvas” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Ele pede para que os moradores não joguem lixo, entulhos ou inservíveis na rua, em terrenos baldios, esquinas ou áreas verdes, para que a fêmea do Aedes aegypti não possa se aproveitar destes possíveis criadouros para depositar ovos.

Embora o DF esteja há 117 dias sem chuva, os ovos do mosquito podem durar 575 dias esperando água para começar o ciclo de vida aquática, gerando os futuros mosquitos que poderão transmitir doenças.

Reginaldo chama atenção da população para que os trabalhos da Vigilância Ambiental sejam feitos em conjunto. “Só assim poderemos vencer esta batalha”.

Cuidados em casa
Várias medidas devem ser tomadas em casa para conter a proliferação do aedes. Para isso, a Agência Saúde DF preparou um check list com as orientações para manter o mosquito longe da residência. Veja quais são elas:

Dengue, Zika e Chikungunya
As três doenças são causadas pelo Aedes aegypti. Cada uma tem sua particularidade quanto aos sinais e sintomas. Fique atento a cada um deles.


Em quaisquer dos casos, o cidadão deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência. No local, ele será atendido pela equipe de Saúde da Família, que irá conduzir o caso clinicamente.

Febre amarela
Das doenças provocadas pelo Aedes aegypti, a febre amarela é a única prevenível com vacina. É uma doença viral que, no Distrito Federal, está sob controle. No entanto, a cobertura vacinal em 2020 está baixa quando comparada a 2019. O DF atingiu 90,5% de cobertura no ano passado e apenas 62,9% este ano.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, a cobertura vacinal da população é essencial para manter a doença longe do DF. A vacina contra a febre amarela está disponível em todas as salas de vacina do DF.

O Distrito Federal não registrou casos da doença em 2019 e em 2020. Este ano, foram notificados 16 casos suspeitos de residentes e não residentes do DF. Porém nenhum foi positivo para a doença. No entanto, em 2018, o DF teve dois casos confirmados. Por isso, a vacinação é a única proteção.

Dengue, zika e chikungunya
Até a semana epidemiológica 35 (com dados de 29/12/2019 a 29/8/2020), o DF registrou 44.523 casos de dengue. Os números estão no Boletim Epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (11) pela Secretaria de Saúde. Ceilândia, Gama e Santa Maria lideram o ranking das regiões administrativas com mais casos da doença em 2020.

Em Ceilândia já foram registrados 4.998 casos prováveis de dengue. A região recebeu, nesta sexta-feira (11), ação do Sanear Dengue para combater a proliferação do mosquito.

Durante os trabalhos, os servidores da Secretaria de Saúde, e de outros órgãos do GDF, vistoriaram 26.529 depósitos de água em residências, espaços públicos e pontos comerciais, como borracharias, floriculturas e ferros-velhos.

O Gama registrou 4.676 casos prováveis da doença. O Sanear Dengue esteve na região na última quinta-feira (10) e vistoriou 443 imóveis, sendo que 38 estavam fechados e inspecionou 1.254 depósitos de água.

Os demais dados estão disponíveis no informativo publicado no site da Secretaria de Saúde.

* Com informações da Secretaria de Saúde/DF