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17/09/2020 às 18:40, atualizado em 18/09/2020 às 14:28
Investimento de R$ 1,5 milhão nos trechos 1,2 e 3 vai permitir a continuidade do processo de regularização fundiária e gerar dezenas de empregos
O GDF iniciou essa semana a recuperação de áreas degradadas em 13 pontos do Sol Nascente. Locais que sofrem com as erosões formando barrancos e valas enormes. Acúmulo de entulhos, lixo e a chegada das chuvas aumentam os problemas. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) é a responsável pelo plano de recuperação, com a supervisão do Brasília Ambiental.
O investimento é de R$ 1,5 milhão e as restaurações serão feitas pela empresa Geo Lógica, vencedora de processo licitatório. Os trechos 1,2 e 3 da cidade passarão por cuidados e as obras vão permitir a continuidade do processo de regularização fundiária da região. Dezenas de empregos serão gerados para engenheiros, operadores de máquinas, encarregados.
A revitalização inclui o plantio de árvores, recomposição do relevo, retirada de entulhos. Além disso, será realizada uma rotina de monitoramento – reforço de segurança presencial – para evitar que os locais sejam novamente degradados. As chácaras 74 e 75 são as primeiras contempladas.
O presidente da Codhab, Wellington Luiz, o administrador regional, José Godinho Carneiro, engenheiros e técnicos da companhia vistoriaram o local nesta quinta-feira (17). “Vamos promover todas essas melhorias e oferecer qualidade de vida à população. É um grande passo para o processo de regularização. Aqui, temos muitos espaços destinados a equipamentos públicos, como uma creche ou mesmo uma praça, mas que foram invadidos ou tem esses problemas no solo”, explica Wellington.
“Começaremos por duas áreas que exigem obras de engenharia civil. São erosões profundas de solo. Recuperar esses taludes e melhorar o escorrimento da água”, revela a engenheira da empresa que fará a recuperação da área, Amanda Alves.
Segundo ela, a próxima etapa envolve o plantio de gramíneas e árvores do cerrado e em seguida haverá um trabalho de conscientização ambiental com a comunidade. Para garantir a segurança da comunidade local, todo o terreno será cercado até o término dos serviços.
Todas as etapas da recuperação são norteadas pelo Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) para o Sol Nascente e tem previsão de conclusão em abril de 2021. Invasões e moradias irregulares nas áreas também são monitoradas e a Codhab promoverá a realocação de famílias que atendem os critérios habitacionais definidos pelo governo.
Poluição e risco
Na Chácara 75, restos de construção civil, garrafas de plástico e madeiras estão espalhados na grota formada pela erosão. O buraco também é um perigo para as crianças. Carroças despejam inservíveis diariamente. Com a chegada das chuvas, previstas para o final do mês, os resíduos podem aumentar no local.
“Olha, aqui juntou muita sujeira, lixo. É mosca pra todo lado. Quando vem a chuva, vira uma cachoeira descendo. Um perigo para as crianças aqui da comunidade”, afirma a dona de casa Eliane dos Santos, que mora com os três filhos na região. “Estou aqui há dois anos e acho que vai melhorar muito (com as obras)”, prevê.
Atenção especial
Com uma população estimada de 95 mil moradores, o Sol Nascente se tornou uma região administrativa por meio de decreto do governador Ibaneis Rocha, publicado no ano passado. De lá pra cá, cada vez mais, o GDF segue com olhar atento à região, com obras de infraestrutura e preservação do meio ambiente.
“Essa gestão criou a região administrativa, está presente e cuidando da população do Sol Nascente. A recuperação desses locais degradados é fundamental. Com a água forte da chuva descendo pelas ruas, esse trecho corria o risco de ser ‘engolido’. É uma perspectiva de vida pra quem mora aqui”, celebra o administrador, José Godim. A construção de novas galerias pluviais é outro projeto que está sendo preparado pela Administração, frisa ele.
O Secretario de Cidades, Valmir Lemos, também acompanhou a vistoria dos trabalhos de recuperação das áreas degradadas e ressaltou a importância do GDF Presente neste sentido. “Trata-se de uma cidade nova, com suas particularidades, e que carece de muitas melhorias. Estamos trabalhando, também preventivamente, para minimizar prejuízos para a comunidade”, destaca.