07/10/2020 às 20:05, atualizado em 08/10/2020 às 10:06

Refresco para os animais do zoológico de Brasília

Equipe reforça os cuidados com a fauna cativa durante períodos de pico da temperatura

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

Chocolate, o elefante-africano, toma banho de mangueira de caminhão-pipa: alívio em dia de umidade baixa | Fotos: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Temperaturas altas e umidade relativa do ar na casa dos 10%. Esse é um cenário típico com que moradores do DF precisam lidar nos períodos de seca. Apesar de os animais do Zoológico de Brasília terem à disposição recintos bem-ambientados para qualquer estação do ano, a equipe técnica da instituição intensifica as atividades de bem-estar da população local durante o período de estiagem no Cerrado.

Assista ao vídeo:

Banho de caminhão-pipa, picolé, piscina com temperatura ambiente e frutas geladas são alguns dos cuidados extras durante esse período. Na tarde desta quarta-feira (7), foi a vez de um personagem ilustre ganhar um banho amigo: o elefante-africano (Loxodonta africana) Chocolate.

Apesar das altas temperaturas, essa espécie é adaptada à temperatura alta e sobrevive bem ao clima seco. “Lá [na África], eles estão acostumados com o calor”, explica o biólogo Thiago Marques. “O que a gente faz aqui é uma atividade diferente da rotina dele, para oferecer algo de novo e melhorar a qualidade de vida e o bem-estar do animal.”

Essa espécie é bem-adaptada a altas temperaturas, mas água extra sempre cai bem

Tratamento diferenciado

Os cuidados com os animais ocorrem nas épocas de picos de temperatura, mas podem ser intensificados, a depender de cada espécie. De acordo com a bióloga supervisora de condicionamento animal Fernanda Vasconcelos, cada animal do Zoológico tem um cronograma de atividades para manter a saúde.

“No calor, a maioria dos animais recebe picolés de frutas, de acordo com a dieta de cada um, justamente para amenizar a temperatura alta”, relata. “Já no frio, cobertores são colocados nos recintos para que os animais possam ter estabilidade na temperatura corporal – mas vale lembrar que os recintos já são projetados tanto para proteger os animais do frio, com casinhas de madeira, quanto do calor, com áreas sombreadas, aspersores de água e piscinas.”

 

* Com informações do Zoológico de Brasília