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15/10/2020 às 08:50, atualizado em 18/04/2024 às 13:13
Com a estabilidade nos casos de Covid-19, a meta agora é zerar a fila de espera, atendendo mais de 2 mil pacientes
A Secretaria de Saúde (SES), retomou, nesta semana, o atendimento para cirurgias eletivas oftalmológicas em três hospitais: Base, Gama e Taguatinga. As operações haviam sido suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus. A partir dos dados que sinalizam a estabilidade do número de casos de Covid-19 e diante da tendência de queda da doença, os procedimentos recomeçaram com a meta de zerar a fila de espera, que hoje é de 2.101 pacientes, dos quais 1.211 aguardam por cirurgia de retina e 267 por operação de catarata.
[Numeralha titulo_grande=”2101″ texto=”Número de pacientes em fila de espera para cirurgias eletivas oftalmológicas ” esquerda_direita_centro=”centro”]
As cirurgias eletivas foram suspensas na rede pública de saúde em 29 de junho, em pleno pico da pandemia no Distrito Federal. A medida foi adotada diante da necessidade de concentrar os esforços de urgência e emergência no atendimento a pacientes com a Covid-19. Apenas as cirurgias oncológicas, cardiovasculares e transplantes continuaram.
Seguem sendo feitas as cirurgias oftalmológicas de urgência, como trauma ocular, mas, durante o período crítico da pandemia deixaram de ser realizados os procedimentos eletivos em catarata, glaucoma, retina, plástica ocular, estrabismo, córnea, pterígio e calázio. Todas essas atividades, agora, estão sendo retomadas.
Outras cirurgias
O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez, adiantou que a SES planeja retomar outras cirurgias eletivas nos próximos dias, o que deverá ser feito de forma gradual e com toda a segurança, tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, conforme previsto no Plano de Contingência do Distrito Federal.
Sanchez destaca que o atual cenário de estabilidade e a projeção de queda dos casos de coronavírus são alguns dos principais motivos que levaram a pasta a retomar as cirurgias eletivas oftalmológicas. Também pesou na decisão o fato de esse tipo de procedimento não exigir a internação do paciente, ao contrário de casos oncológicos. “Todos esses fatores contribuíram para que retomássemos as cirurgias oftalmológicas antes de evoluir para outros procedimentos”, explica.
O secretário adjunto lembra ainda que, no início da pandemia, a taxa de transmissão da Covid-19 estava em 3,10 – o que significa que uma pessoa infectada transmitia a doença para três outras pessoas. Em setembro, esse indicador caiu para 0,82. “Quando o índice fica abaixo de 1,00, consideramos que a situação está estável”, orienta.
Rede pública
O atendimento oftalmológico está sendo prestado nos hospitais regionais do Guará (HRGu), Sobradinho (HRS), Gama (HRG), Ceilândia (HRC), Taguatinga (HRT), Samambaia (HRSam), Base e Hospital da Região Leste (HRL). Juntas, essas unidades têm capacidade para cerca de 1.150 procedimentos por mês.
Já o atendimento oftalmológico geral pediátrico é prestado nos hospitais regionais de Taguatinga, Guará, Hospital Materno Infantil (Hmib) e Hospital da Região Leste. Juntos, somam quase 180 atendimentos por mês.
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran), por ser a unidade de referência no DF para Covid-19, teve o serviço de ambulatório oftalmológico e os profissionais direcionados para o HRT e para o Hospital de Base.
* Com informações da SES