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03/12/2020 às 16:08, atualizado em 04/12/2020 às 09:14
Sancionada nesta quinta (3), a Lei Professor Aníbal traz segurança jurídica para produtores gerarem emprego e renda
Na manhã desta quinta-feira (3), em solenidade no Palácio do Buriti, o governador Ibaneis Rocha sancionou a Lei Professor Aníbal, que permitirá a regularização de cinco mil ocupações rurais no Distrito Federal. Com a nova legislação, os terrenos de natureza rural poderão ser legalizados, permitindo que pequenos, médios e grandes produtores tenham segurança jurídica para produzir e gerar emprego e renda no campo.
Fruto de uma reivindicação de décadas, a lei recebeu o nome de um dos líderes do movimento pela regularização das terras rurais: o professor Aníbal Coelho. Falecido em janeiro deste ano, ele foi fundador da Associação de Proprietários e Produtores Rurais do Núcleo Rural Casa Grande, no Gama.
“A grande maioria dos agricultores veio para cá com a promessa de desenvolvimento, crescimento e sustentação das suas famílias, e eles estão há 60 anos aguardando o cumprimento dessas promessas”, destacou o governador Ibaneis Rocha. “Infelizmente, a maioria não teve a oportunidade de ver a sanção de um projeto desta natureza, que dá a condição de regularização fundiária para mais de cinco mil famílias do DF.”
[Olho texto=” “A grande maioria dos agricultores veio para cá com a promessa de desenvolvimento, crescimento e sustentação das suas famílias, e eles estão há 60 anos aguardando o cumprimento dessas promessas”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”centro”]
Avanços na regularização
O presidente da Terracap, Izidio Santos, lembra que o DF, com expressivos avanços na área urbana, amplia sua ação. “Agora, [o governo] dá um passo importante na área rural para levar segurança às pessoas que moram em ocupações rurais históricas”, afirma. “Vamos dar a eles o título de propriedade, assim como na área urbana já existe isso de uma maneira muito célere”.
[Olho texto=”“Agora, o governo dá um passo importante na área rural para levar segurança às pessoas que moram em ocupações rurais históricas”” assinatura=”Izidio Santos, presidente da Terracap” esquerda_direita_centro=”centro”]
Por sua vez, o diretor de Regularização Social e Desenvolvimento Econômico da Terracap, Leonardo Mundim, ressalta: “A nova lei traz segurança jurídica aos ocupantes a partir de uma construção democrática do anteprojeto, que foi imbuída da vontade de encontrar ou criar soluções”.
Também presente à cerimônia, o secretário de Agricultura, Candido Teles, valoriza a medida: “Essa lei vai ao alcance de todos. A paz social no campo só se consegue com a segurança jurídica, e a segurança jurídica é o documento que você tem da sua propriedade”.
[Olho texto=”“A paz social no campo só se consegue com a segurança jurídica, e a segurança jurídica é o documento que você tem da sua propriedade”” assinatura=”Candido Teles, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=”centro”]
Pedido atendido
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Durante a cerimônia, em retorno a uma demanda encaminhada pela comunidade local, o governador Ibaneis rocha anunciou a meta de construir uma sede definitiva para a escola do Núcleo Rural Casa Grande. “O pedido será analisado imediatamente. Vamos arrumar recursos para construir essa escola”, assegurou Ibaneis Rocha.
“Essa é uma demanda antiga”, explica o presidente da Associação dos Produtores e Proprietários do Núcleo Rural Casa Grande (APNR), Jacinto Lima. “É um projeto de escola para mais de mil alunos para atender a comunidade e outros moradores num raio de 10 quilômetros daquela região.”
Lei Professor Aníbal
O texto da lei, de iniciativa do Executivo local, foi elaborado pela Terracap em conjunto com a Secretaria de Agricultura (Seagri) e contou com dezenas de sugestões do setor produtivo rural.
A presidente do Conselho Rural do Lago Norte, Mônica Peres, que representa mais de 20 associações rurais, participou da preparação da minuta do anteprojeto de lei. Ela comemora a conquista da isonomia da lei, que entendeu a utilização rural de terras em áreas urbanas. “Não importa onde está o terreno, mas o uso dela [da terra], a destinação dela”, diz.
Produtora rural, Mônica planta pitaia, cupuaçu e graviola, além de criar galinhas caipiras e comercializar ovos. Mas o destaque de sua produção, aponta, é outro: “Somos grandes produtores de abelhas meliponas, as que não têm ferrão. O mel é exótico”. O grande diferencial de sua região, pontua, é a produção orgânica. “Não podemos permitir que isso acabe, e a Lei Professor Aníbal virá para garantir essa continuidade”, conclui.
* Com informações da Emater e da Terracap