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18/12/2020 às 11:32, atualizado em 18/12/2020 às 13:42
Filme do diretor Anderson Bardot, foi habilitado de última hora para participar da mostra competitiva de curtas-metragens
Dança, homoafetividade negra e um lugar de fala fora do eixo hegemônico da filmografia nacional estão no centro do argumento de “Inabitáveis”, filme do diretor Anderson Bardot, suplente habilitado de última hora para participar da mostra competitiva de curtas-metragens do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), em exibição na plataforma Canais Globo.
“Fiquei surpreso! Soube só ao receber um e-mail da produção me avisando da seleção. O Festival de Brasília é o festival mais antigo do Brasil e merece ser respeitado pela sua história. Acredito que é uma das maiores vitrines do cinema brasileiro”, diz o capixaba.
Sobre a linguagem e a temática do curta, Bardot acredita que a obra expressa, de uma maneira criativa e de forma não colonizada, temáticas que até então estavam historicamente silenciadas. “‘Inabitáveis’ faz parte de uma safra de filmes e de realizadores que têm muito a dizer, porque nunca tiveram recursos nem oportunidades. Agora que nós conquistamos tudo isso, não vamos parar. Temos muitos filmes para produzir”, promete.
A sinopse divulgada pelos produtores fala de uma companhia contemporânea de dança que está prestes a estrear um novo espetáculo que aborda como tema a homoafetividade negra. Durante os ensaios, um coreógrafo constrói uma amizade com Pedro, um rapaz negro que não se identifica como homem.
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Sobre o formato de curta-metragem, o diretor acredita que seja “um dos mais promissores da atualidade e tem tudo para ficar cada vez mais popular nesta era digital porque é perfeito para a expressão de identidade artística e de articulação de temáticas originais”.
Nascido em 1988, Bardot é cineasta, roteirista, pesquisador e produtor cultural. Mora em Vila Velha (ES). Estudou Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). É co-fundador do coletivo/selo Vale Encantado Filmes. O filme já estreou no 49º Internacional Film Festival Rotterdam e na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes. O diretor pesquisa imagem, palavra e som a partir de corpos LGBTQIAP+.
* Com informações da Secretaria de Cultura