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26/01/2021 às 10:49, atualizado em 26/01/2021 às 10:50
Um aumento superior a 25% em relação a 2019
Pela primeira vez o SLU doou mais de 20 mil toneladas de Composto Orgânico de Lixo (COL) em um ano. Em 2020 foram doadas para pequenos produtores rurais mais de 21 mil toneladas do material, o que representa um aumento superior a 25% em relação a 2019, quando foram doadas cerca de 15 mil toneladas.
O Composto Orgânico de Lixo (COL), um dos melhores compostos originários de resíduos sólidos da América Latina, é obtido pela compostagem dos resíduos orgânicos domiciliares da coleta convencional e pode ser utilizado em diversos tipos de culturas e em jardins. Ele é produzido nas Usinas de Tratamento Mecânico Biológico do SLU instaladas no Setor P Sul, em Ceilândia, e na Avenida L4 Sul, na Asa Sul. Produtores rurais do DF e dos municípios que compõem a Ride têm direito a cota de 90 toneladas/ano, com demanda comprovada por recomendação técnica da Emater-DF.
Um dos locais mais beneficiados pelas doações é o Núcleo Rural Boa Esperança, localizado em Ceilândia, próximo a Usina do P Sul. O Presidente da Associação de Produtores Rurais do local, João Miranda Filho, conta que no ano passado o núcleo rural recebeu quase 400 remessas do composto orgânico.
“Esse composto vem ajudando muito os produtores. Ele é tão importante aqui que os agricultores o chamam de “ouro preto”. É usado para produzir uma grande variedade de alimentos, como milho, quiabo, jiló e pimenta de cheiro. A qualidade do composto do SLU vem melhorando constantemente. Poder usar gratuitamente esse material é uma satisfação enorme para nós”, afirma.
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A associação que Miranda, como é conhecido, preside tem quase 450 produtores associados. Além da qualidade do composto orgânico, ele exalta o atendimento da equipe do SLU lotada na Usina do P Sul. “Sempre fomos muito bem atendidos. Todo o pessoal da usina nos atende de uma forma diferente, com uma abordagem muito humana mesmo. Eles entendem o quanto essas doações mudam a vida do pequeno produtor”.
O Gerente das Usinas de Tratamento Mecânico Biológico, Ailton Rocha, atribui o aumento nas doações a dois fatores principais: maior disponibilidade de material orgânico nas usinas e parceria com as Administrações Regionais.
“Nunca tínhamos atingido esse número. A disponibilidade de resíduos aumentou, então pudemos tratá-los e produzir mais composto. Muitos agricultores não conseguem pagar o frete para transportar o material, então as Administrações Regionais, especialmente as da região, disponibilizaram veículos e transporte gratuito para os produtores. Isso ajudou bastante”, destaca.
A solicitação pode ser feita diretamente na Tesouraria, localizada na sede do SLU: SCS Qd. 08 ed. Venâncio Shopping, Bloco B-50, 6º andar. É necessário que os produtores apresentem duas vias da recomendação técnica emitida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater/DF), mediante apresentação da Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP ou carteirinha de produtor rural familiar em validade.
O interessado terá o prazo de até 90 (noventa) dias, a contar da data de compra ou doação, para retirar o composto orgânico, conforme o Decreto nº 35.166, de 14 de fevereiro de 2014.
Endereço para retirada do composto: QNP 28, Área Especial, s/n, Setor P Sul. (Telefone: 3376-1043).
Para informações adicionais, acesse: http://www.slu.df.gov.br/compostagem/
As Usinas de Tratamento Mecânico-Biológico do SLU são utilizadas para separar resíduos domiciliares convencionais de composto orgânico, materiais recicláveis e rejeitos. A usina da Asa Sul (UTMB – Asa Sul) foi construída em 1964 e foi a primeira do Brasil. Atualmente, nela ocorre a triagem dos resíduos domiciliares e os materiais recicláveis são selecionados por cooperativas de catadores.
Os resíduos remanescentes são separados em composto orgânico cru e rejeito. Essa usina trata cerca de 6 mil toneladas de resíduos por mês. Até setembro de 2020, produziu mais de 18 mil toneladas de composto orgânico.
A usina do P Sul (UTMB – Ceilândia), instalada na região administrativa de Ceilândia, foi construída em 1986. Além da triagem dos resíduos domiciliares, ela produz composto orgânico dos resíduos da coleta convencional de boa parte da região e também do que recebe da Usina da Asa Sul. O material orgânico é separado e organizado em grandes leiras de compostagem para o processo de maturação.
Ao final de 120 dias, o composto é peneirado e doado. A usina trata cerca de 13 mil toneladas de resíduos por mês. Até setembro de 2020, produziu mais de 28 mil toneladas de composto orgânico.
* Com informações do SLU