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06/03/2021 às 15:31, atualizado em 06/03/2021 às 16:02
Coleta enfrenta redução preocupante, com volume inferior ao estoque estável. Em 2020, mesmo na pandemia, índices superaram os de 2019
A coleta de leite materno precisará novamente neste ano de mais gestos solidários das mães doadoras. É que houve uma redução preocupante em janeiro e fevereiro, de 21% e 24,6% em relação a dezembro de 2020, acendendo um sinal de alerta no Banco de Leite Humano (BLH) do Distrito Federal.
[Olho texto=”“Solicitamos que a causa seja abraçada pelas mulheres que estejam amamentando e desejam ser doadoras. Isso fará a diferença na vida de muitas mulheres e crianças”” assinatura=”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano” esquerda_direita_centro=”direita”]
No mês passado, as doações de leite materno foram de 1.248,5 litros. Esse volume é 16,7% inferior ao mínimo de 1,5 mil litros para manter os estoques estáveis. Em janeiro foram coletados 1.305,9 litros, inaugurando a tendência decrescente em comparação a dezembro, quando foram coletados 1.657,7 litros.
Antes, o setor havia comemorado o aumento das doações em 2020, mesmo na pandemia, em volume 5,7% superior ao de 2019. No ano passado, foram arrecadados 17.976,1 litros , enquanto que em 2019 a coleta registrou 17.003,9 litros.
Alimento precioso
Entre as 14 unidades que recebem doações, a maior queda foi no Banco de Leite Humano do Hospital Regional de Sobradinho (HRS). De modo geral, a queda preocupa de modo relevante porque diariamente cerca de 250 bebês internados necessitam desse alimento precioso, aponta a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos.
“Por isso, solicitamos que a causa seja abraçada pelas mulheres que estejam amamentando e desejam ser doadoras. Isso fará a diferença na vida de muitas mulheres e crianças. Precisamos avançar nas doações”, enfatiza. Miriam faz um apelo para que as mães continuem doando leite materno. Ela explica que toda mulher que está amamentando pode ser voluntária para ajudar a salvar a vida de vários recém-nascidos.
Amamenta Brasília
Para se tornar doadora, basta ligar para o telefone 160, Opção 4, ou acessar o site Amamenta Brasília e se inscrever. Depois disso, as equipes do Banco de Leite Humano entrarão em contato para agendar a visita da equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), responsável pela coleta.
Para dar um melhor suporte aos bancos de leite humano, em janeiro, a Secretaria de Saúde (SES) adquiriu 12,5 mil potes de vidro e 1 mil tampas, tudo para a coleta e processamento do leite humano doado.
[Numeralha titulo_grande=”6.575″ texto=”Total de mães que fizeram doações em 2020 ” esquerda_direita_centro=”direita”]
Vitória solidária
Com resultado surpreendente na pandemia, o ano de 2020 registrou vitórias para o BLH do Distrito Federal, aponta a coordenadora Miriam Santos.
“Queremos agradecer às 6.575 mulheres que, apesar de todas angústias do ano 2020, foram solidárias e ajudaram, com suas doações, 12.811 bebês, alguns por uma vez e outros por meses”, destaca.
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De acordo com a coordenadora, considerando a pandemia, ajudar todos esses bebês é uma vitória para todas as mulheres que doaram, apesar do medo inicial do contato social.
A coleta de leite humano sempre foi cercada de muitos cuidados. Com a covid-19, houve uma nova dimensão e implantação de regras mais rígidas de higienização, que foram reforçadas pelas equipes dos bancos de leite humano e pelo Corpo de Bombeiros.
*Com informações da Secretaria de Saúde