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14/03/2021 às 16:47, atualizado em 14/03/2021 às 16:54
Época é propícia ao aparecimento de doenças respiratórias virais. Saiba como evitá-las
No outono e inverno, um inimigo invisível causa um estrago danado nos pulmões de crianças, principalmente daquelas com menos de dois anos de idade. Nessas estações, entre os meses de março e julho, transita pelo Distrito Federal o Vírus Sincicial Respiratório — RSV, na sigla em inglês —, que causa a bronquiolite viral aguda (BVA).
A doença ocasiona febre, tosse e chiado no peito da criança. Pode provocar também dificuldade respiratória nos que sofrem com a doença. Esse problema pode ser grave, particularmente para os bebês prematuros e para os que têm problemas como cardiopatia congênita e displasia broncopulmonar.
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Os familiares precisam redobrar os cuidados com os bebês prematuros nas estações mais frias. “Os pais devem ficar atentos aos sintomas da doença e procurar a unidade básica mais próxima de sua residência, caso a criança venha a apresentar alguns desses sintomas”, orienta a médica Ivana Ribeiro Novaes, da Referência Técnica Distrital de Pediatria.
Essa enfermidade é a principal causa de hospitalização de lactentes, durante o período de inverno. A taxa de mortalidade é baixa, de menos de 1%, mas o número chega a 30% em grupos de crianças de alto risco como prematuros, com displasia broncopulmonar, cardiopatia congênita, entre outros, sendo associada à doença prolongada e maior risco de óbito.
Os pais devem evitar buscar os hospitais, prioritariamente, de acordo com a médica. “Os pais devem procurar, primeiramente, as Unidades Básicas de Saúdes (UBSs), principalmente agora, por causa da pandemia do covid-19, para não expor as crianças à longa espera em prontos socorros lotados”, aconselha Ivana Novaes.
[Olho texto=”A melhor prevenção é manter os ambientes ventilados, higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
Prevenção
Não há vacina contra a doença. A melhor prevenção é manter os ambientes ventilados, higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel. É aconselhável também evitar aglomerações e visitas a bebês recém-nascidos nessa época do ano, para não transmitir a doença. “Outra prevenção é por meio da aplicação do medicamento Palivizumabe, promovida pela Secretaria de Saúde”, esclarece a médica Ivana Ribeiro Novaes.
O imunobiológico Palivizumabe não evita todas as infecções, mas previne a BVA. O remédio previne infecções respiratórias agudas no primeiro ano de vida e na infância, e as possíveis complicações causadas pelo vírus. O medicamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível nos serviços privados desde 2018. O total de crianças que receberam o medicamento, de 2014 a 2020, foi de 3.401.
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A Secretaria de Saúde (SES/DF) lança campanha anualmente, alertando a população sobre a doença, por meio da mídia e de cartazes afixados em unidades de saúde onde há atendimento à criança. A secretaria promove também, regularmente, a atualização sobre a doença com pediatras e médicos de família.