16/03/2021 às 16:39, atualizado em 18/03/2021 às 08:22

Mês com ações de prevenção ao câncer do colo de útero

No ano passado, o Distrito Federal registrou 457 internações em função da doença, que fez 99 vítimas fatais

Por AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ABNOR GONDIM

[Olho texto=”A doença pode ser evitada, na sua maioria dos casos, com a vacina tetravalente, ofertada nas unidades básicas de saúde (UBSs). Integra o calendário vacinal na adolescência” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A prevenção é a melhor forma de se tratar qualquer doença. Sabendo disso e em atenção ao Mês da Mulher, as unidades de saúde do DF estão promovendo, ao longo deste mês de março, ações de conscientização para a realização do exame conhecido como papanicolau, preventivo para câncer de colo do útero.

A doença é desenvolvida pela infecção do Papilomavírus Humano (HPV), mas pode ser evitada, na sua maioria dos casos, com a vacina tetravalente, ofertada nas unidades básicas de saúde (UBSs). Integra o calendário vacinal na adolescência. Contudo, em alguns casos de infecções persistentes, a paciente pode sofrer alterações celulares, denominadas lesões precursoras, que podem evoluir para esse tipo de câncer.

Rastreamento

[Olho texto=”As pacientes são inseridas na Central de Regulação, que direciona cada uma para o serviço com a vaga para data mais próxima obedecendo aos critérios clínicos das pacientes” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

O rastreamento da enfermidade é feito por meio do exame papanicolau, que pode ser realizado em qualquer UBS. Em caso de exames alterados, a paciente é encaminhada ao serviço de colposcopia, disponível nos ambulatórios da atenção secundária, em todas as regiões de saúde. O acesso se dá por meio das UBSs que encaminham os pacientes via Central de Regulação.

“Após o diagnóstico citológico a paciente é encaminhada ao serviço de colposcopia, um exame mais detalhado que permite a biópsia dirigida e tratamentos por meio de cirurgia de alta frequência – a conização”

“As lesões precursoras de alto grau, quando não tratadas, podem evoluir para o câncer de colo uterino”, afirma Indara Queiroz, responsável técnica distrital de Ginecologia Oncológica da Secretaria de Saúde.

O exame papanicolau identifica essas lesões. Após o diagnóstico citológico, a paciente é encaminhada ao serviço de colposcopia, um exame mais detalhado que permite a biópsia dirigida e tratamentos por meio de cirurgia de alta frequência — a conização”, detalha.

[Numeralha titulo_grande=”260″ texto=”Número de casos da enfermidade previstos até 2022 no DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A conização é um procedimento de nível ambulatorial no qual é retirado um fragmento do colo do útero, com intuito de retirar toda a lesão e evitar sua progressão para câncer.

Caso diagnosticado o câncer no colo uterino, a paciente é encaminhada para o serviço terciário de ginecologia oncológica. Na rede de saúde, os hospitais de Base e regionais de Taguatinga (HRT), Asa Norte (Hran), Ceilândia (HRC) e Gama (HRG) oferecem esse serviço. As pacientes são inseridas na Central de Regulação, que direciona cada uma para o serviço com a vaga para data mais próxima obedecendo aos critérios clínicos das pacientes.

Dados

Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer, para o biênio 2020-2022, são esperados 260 novos casos de câncer do colo do útero ao ano no Distrito Federal.

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Em 2019, foram registradas 358 internações por câncer de colo do útero na rede de saúde do Distrito Federal. Em 2020, foram registradas 457 internações.

No último ano, a neoplasia de colo de útero fez 99 vítimas fatais no DF. Número 33% maior que o ano anterior quando foram observados 74 óbitos pela mesma patologia.

*Com informações da Secretaria de Saúde