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30/03/2021 às 10:26, atualizado em 30/03/2021 às 18:37
Itens que se tornaram obrigatórios durante a pandemia protegem tanto da covid-19 quanto de outras doenças, como tuberculose, meningite e gripes
Passado mais de um ano de pandemia, as máscaras se tornaram essenciais na rotina das pessoas para evitar a propagação da covid-19.
Item obrigatório em ambientes hospitalares ou estabelecimentos da área da saúde, o produto é fundamental também na precaução de outras doenças, principalmente as transmissíveis pelo ar.
Para entender melhor os benefícios que a utilização constante de máscaras no dia a dia podem trazer à saúde, a Agência Brasília conversou com a médica infectologista do Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Joana D’Arc Gonçalves.
“Dentro da rede hospitalar, as máscaras sempre foram utilizadas para evitar a transmissão de doenças e infecção, tanto bacterianas quanto virais”, explica a médica. “Sempre as utilizamos [máscaras] como uma medida de precaução das enfermidades transmissíveis por aerossóis ou gotículas”.
Cada máscara tem ambiente e tipo apropriados de uso, além de proteger mais para um vetor ou outro de doença. A máscara cirúrgica, como o próprio nome diz, é mais utilizada em campos cirúrgicos e serve principalmente para proteger as pessoas que estão mais próximas.
“Ela evita a transmissão por gotículas, que ficam retidas na parte interna da máscara”, explica Joana.
Com isso, esse modelo, evita a transmissão dos vírus como os causadores da gripe e das influenzas (H1N1, A e B), sarampo, e também os sazonais, como o rinovírus, causador dos resfriados, e o citomegalovírus, que acarreta alguns tipos de herpes. Além disso, esse material também podem evitar a propagação da bactéria causadora da tuberculose.
Já a N95, mais robusta, é recomendada para ser utilizada quando for necessário entrar em ambientes que estão fechados há muito tempo e sem circulação de ar, protegendo o rosto do contato com partículas menores infecciosas que ficam suspensas.
“O nome N95 vem do fato de que ela filtra 95% do ar, tanto para fora quanto para dentro”, esclarece Joana. Ela evita a infecção de doenças de maior transmissibilidade por aerossol, como catapora, tuberculose e meningite.
Cuidados
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A médica infectologista do Hran também alerta para os perigos que alguns tipos de máscaras, como as de acrílico, de tricô ou as que possuem válvula de ar, podem causar na transmissão de doenças tanto virais quanto bacterianas.
“As máscaras precisam possuir vedação correta e filtragem do ar. Se não usar de forma adequada, não funciona. Não adianta usar algo que dê uma falsa sensação de segurança, a pessoa acaba sendo transmissora ou até mesmo sendo infectada”, ressalta.
Quanto às feitas com pano, a recomendação médica atual é de que ela seja utilizada por cima de uma máscara cirúrgica, melhorando a vedação e a filtragem.