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05/04/2021 às 15:59
Fisioterapeuta do Hospital Regional de Samambaia fala sobre a rotina dos profissionais que atuam no combate à covid-19
[Olho texto=”“O paciente em si é muito mais complexo do que aqueles com os quais já éramos acostumados” ” assinatura=”João Paulo Ribeiro Costa, fisioterapeuta” esquerda_direita_centro=”direita”]
Nem a rotina exaustiva dos plantões na UTI é capaz de vencer a força e o comprometimento dos profissionais da saúde. Diariamente, eles enfrentam o novo coronavírus para salvar vidas e colaborar na recuperação dos pacientes internados. Um desses heróis da saúde é o fisioterapeuta João Paulo Ribeiro Costa, que atua há sete meses na UTI do Hospital Regional de Samambaia (HRSam).
“Tenho trabalhado bastante, aproveitando as oportunidades, e tenho feito muitos TPDs [trabalhos por tempo definido] pela rede pública”, relata João Paulo. “O paciente em si é muito mais complexo do que [aqueles com os quais] já éramos acostumados, gerando um manejo muito mais difícil e necessitando de muito mais cuidado.”
Antes de começar o trabalho no HRSam, o fisioterapeuta era servidor do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Ele tem buscado unir os conhecimentos já adquiridos em sua área de atuação com novos estudos e técnicas para o tratamento dos enfermos.
Grupos de risco
[Olho texto=”Perfil das pessoas internadas em UTIs tem mudado com aumento de casos de pacientes jovens” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
A pandemia mudou a vida de todo o mundo, inclusive dos profissionais da saúde. João Paulo foi diagnosticado com covid-19 em 27 de outubro de 2020, e conta que não perdeu nenhum parente próximo pela doença. “Porém, tenho um tio que ficou muito sequelado após passagem por uma UTI, e minha irmã precisou fazer ventilação não invasiva”, revela. “Então, eu considero que foram momentos tensos que vivemos em 2020”, conta.
Já vacinado com as duas doses do imunizante contra a doença, assim como vários idosos do DF de 66 anos ou mais, o fisioterapeuta relata que o perfil das pessoas internadas nas UTIs tem mudado. “Estamos vendo pacientes jovens, com idade entre 30 e 50 anos, internados em estado muito grave”, alerta. “O grupo de risco claramente aumentou; e, mesmo com a imunização a caminho, ainda deveremos ter muitas perdas, infelizmente. Não sou eu que digo isso, são projeções de especialistas”.
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Mesmo após ter sido vacinado, pontua João Paulo, os cuidados permanecem, especialmente pelo fato de ele enfrentar diariamente o vírus no trabalho. O fisioterapeuta conta que respeita o isolamento social, faz a limpeza dos equipamentos e sempre mantém o ambiente domiciliar arejado, deixando janelas e portas abertas para melhor circulação do ar.
O herói da saúde é grato pelo conhecimento adquirido com a profissão e se motiva diariamente no trabalho de salvar vidas. “Sinto orgulho, sei do tamanho da missão e do perigo que corremos, mas procuro sempre me proteger e dar o meu melhor durante os plantões”, reitera.
*Com informações da Secretaria de Saúde