06/04/2021 às 18:54, atualizado em 06/04/2021 às 19:00

Orquestra Sinfônica exalta Wagner nesta terça-feira (6)

Mês de abril terá obras de Gounod, Dvořák e do brasileiro Fernando Moraes

Por Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

O violinista Marcos Barbosa participou da gravação de  “Idílio de Siegfried’, peça intimista de Richard Wagner | Foto: Divulgação/Secec

O Canal do YouTube da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) apresenta, às 20h desta terça-feira (6), a peça de Richard Wagner Idílio de Siegfried (1870). A obra foi gravada em março no Foyer da Sala Villa-Lobos, do teatro regido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).

“Trata-se de uma peça independente e autônoma, que se tornou uma das páginas mais célebres da música orquestral de Wagner”, explica o regente da Sinfônica, Claudio Cohen.

“É raro ouvir um Wagner tão terno, tão intimista e tão pouco afeito a trágicos arroubos melodramáticos como o que se vê no Idílio. Trata-se de uma suave e amorosa contemplação”, completa.

Para o maestro, o foyer “é um ambiente de rara beleza e adequado para a performance destes repertórios de música de câmara”.

O violinista Marcos Bastos executa o primeiro violino nessa performance. “No geral, a peça tem uma atmosfera muito intimista, até pela história da composição dela, que foi concebida como um presente para a esposa do autor alemão, Cosima, no nascimento do filho Siegfried”, conta.

Ele ensina que isso se reflete bem na parte dos sopros e do quinteto de cordas, especialmente na parte do 1º violino, que, segundo o solista, carrega a maior parte dos temas melódicos dessa peça.

“São frases melódicas longas, que exigem muito da capacidade de sustentação do som e muito do fôlego do instrumentista de cordas, por assim dizer. Foi um desafio extremamente prazeroso e um presente, já que fizemos essa gravação no dia do meu aniversário, em 18 de fevereiro”, diz o músico, na OSTNCS desde novembro de 2017.

Abril ainda terá como atrações a Petite Symphonie, de Charles Gounod, composta em 1885 para uma formação de nove músicos de sopros – uma flauta, dois oboés, duas clarinetas, duas trompas e dois fagotes, dividida em quatro movimentos, com duração aproximada de 20 minutos,  a  Serenata Opus 22 para orquestra de cordas de Antonin Dvo?ák e um concerto para trompa e orquestra do brasileiro Fernando Morais, que estudou na Hartt School-CT, nos Estados Unidos

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“As serenatas, os divertimentos e músicas noturnas do século 18 sempre tiveram, mesmo quando festivas, algo de um tom doméstico ou intimista. De fato, sua destinação eram as festividades ou o recreio da aristocracia ou das famílias abastadas. Assim, era natural que tivessem um ar de música ligeira, ainda que, dentre elas, despontem obras-primas”, contextualiza Cohen.

Programação:

Canal do YouTube

6/4: Richard Wagner –  Idílio de Siegfried (Foyer da Sala Villa-Lobos, fevereiro de 2021)

13/4: Fernando Morais – Concerto para Trompa e Orquestra (Sala Villa-Lobos, outubro de 2012)

Maestro Christian Lindberg

Solista Luiz Garcia

20/4: Charles Gounod – Petite Symphonie (Foyer, fevereiro de 2021)

27/4: Antonin Dvo?ák – Serenata para Cordas Opus 22 (Foyer da Sala Villa-Lobos, fevereiro de 2021)

 

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa