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11/04/2021 às 10:41, atualizado em 12/04/2021 às 14:08
Hospital de Base adota técnica simples que transmite sensação de calor humano e faz com que os doentes, isolados na UTI, se sintam amparados
Solidão, incerteza e medo são alguns sentimentos de quem passa dias ou meses internado com covid-19. Quem acompanha toda essa dor são os profissionais de saúde. São eles que se esforçam para oferecer, além de cuidados médicos, conforto físico e mental aos acometidos pela doença. Foi buscando aprimorar esse atendimento que profissionais da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19 do Hospital de Base adotaram uma técnica que ajuda os internos a enfrentarem a doença.
[Olho texto=”“Enchemos duas luvas com água morna. Colocamos uma das mãos da pessoa entre as duas luvas. Ela passa a ter a sensação de que alguém está segurando sua mão. Isso produz conforto psicológico, ajudando a acalmar a pessoa”” assinatura=”Thaís Ribeiro, gerente de Enfermagem do HB” esquerda_direita_centro=”direita”]
A técnica consiste em usar luvas cirúrgicas cheias de água morna para transmitir a sensação de calor humano. Thaís Ribeiro, gerente de Enfermagem, explica como funciona: “Enchemos duas luvas com água morna. Colocamos uma das mãos da pessoa entre as duas luvas. Ela passa a ter a sessão de que alguém está segurando sua mão. Essa sensação produz conforto psicológico, ajudando a acalmar pessoa”.
Thaís descobriu a técnica ao pesquisar na internet métodos simples que, porém, produzem grandes benefícios à saúde mental e física dos pacientes. “Vi que outros hospitais públicos brasileiros estavam usando essa técnica em internos com coronavírus”, revelou. “Então, decidi adotá-la também no Hospital de Base. O resultado tem sido positivo”.
Pacientes reagem bem
A técnica também foi aprovada pela enfermeira-chefe da UTI Covid-19 do Hospital de Base, Josilene Cardoso Pereira. Ela percebeu que os submetidos ao relaxamento com as luvas mornas ficaram bem mais tranquilos. “Observamos que os internos da UTI, que se sentem sozinho, ficaram mais tranquilos”, relata. “Essa reação foi ainda melhor nos que começam a retomar, aos poucos, a consciência”.
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Além do bem-estar, o método facilita averiguar o quadro clínico dos pacientes. Isso porque, as luvas ajudam a esquecer as mãos dos enfermos para que se possa medir o grau de saturação de oxigênio, conforme avaliação da enfermeira-chefe.
Josilene Pereira explica que o uso de drogas evasivas, usadas para ajudar na circulação do sangue, faz a temperatura do paciente baixar, dificultando a aferição, que é feita por meio de contato com os dedos do doente. Já as luvas aquecem as mãos, elevando a temperatura corporal e facilitando medir a saturação de oxigênio. Antes, eles usavam luvas de pano e algodão ortopédico ara fazer esse trabalho.
*Com informações do Iges/DF